segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

#COP15



Com certeza os leitores deste blog já ouviram falar sobre a COPENHAGEN 2009 (Site oficial aqui).
Para quem é da minha época, talvez até tenha acompanhado o ECO - RIO em 1992 , que foi de grande audiência, principalmente graças ao vídeo que circulou por muito tempo, relacionado à "Carta da Terra", que foi um dos documentos oficiais elaborados que frutificaram à partir da conferência.

Bom, a idéia deste post é desmistificar, ou pelo menos trazer um esclarecimento maior quanto ao que pode acontecer após essa conferência, afinal,  as decisões que forem tomadas, acarretarão mudanças diversas em nossas vidas E em nossos "estilos" de vida.

Para exemplificar melhor, até encontrei um infográfico da VEJA, com as principais mudanças que existirão após Copenhagen. (confira aqui)

Conferência de Copenhague (COP-15)
Conferência de Copenhague (COP-15) - A 15.ª Conferência das Partes acontece entre os dias 7 e 18 de dezembro de 2009, em Copenhagen, Capital da Dinamarca. O encontro é considerado o mais importante da história recente dos acordos multilaterais ambientais pois tem por objetivo estabelecer o tratado que substituirá o Protocolo de Quioto, vigente de 2008 a 2012.
Uma atmosfera de expectativa envolve a COP-15, não só por sua importância, mas pelo contexto da discussão mundial sobre as mudanças climáticas. Aparecem aí questões como:
  • o impasse entre países desenvolvidos e em desenvolvimento para se estabelecer metas de redução de emissões e as bases para um esforço global de mitigação e adaptação;
  • os oito anos do governo Bush, que se recusou a participar das discussões e do esforço de combate á mudança do clima;
  • a chegada de Barack Obama ao poder nos EUA, prometendo uma nova postura;
  • os recentes estudos científicos, muitos deles respaldados pelo IPCC, e econômicos, com destaque para o Relatório Stern (Relatório do economista britânico Nicholas Stern, encomendado pelo governo britânico e lançado em 2006. O levantamento gerou grande impacto mundial ao afirmar que se não forem tomadas medidas para a redução das emissões, a concentração dos gases geradores de efeito estufa na atmosfera poderá atingir o dobro do seu nível pré-industrial já em 2035, sujeitando-nos praticamente a um aumento da temperatura média global de mais de 2ºC. O Relatório Stern apontou também que, em longo prazo, há mais de 50% de possibilidade de que o aumento da temperatura venha a exceder os 5ºC.)


Antes que você acabe de ler esta frase, terão nascido no mundo quarenta bebês, enquanto vinte de nós terão deixado o plano material para prestar contas a Deus. O saldo é a chegada, a cada dez segundos, de vinte novos moradores da Terra, prontos para crescer, estudar, trabalhar, namorar, casar e ter filhos. Há dez anos, em 1999, o planeta estava na confortável situação de receber cada novo morador com comida e água na quantidade necessária para que ele conseguisse atingir seus sublimes objetivos na vida. De lá para cá, começou a se delinear um novo e desafiador cenário para a espécie humana. A demanda por comida e outros bens naturais passou a crescer mais rapidamente do que a oferta, como mostram as curvas desenhadas no globo da página anterior. Elas não foram parar ali por acaso. Aquele globo esverdeado e translúcido é, até agora, a imagem que melhor identifica a COP15, a reunião de representantes de 192 países que tem lugar em Copenhague, na Dinamarca. Esses senhores e seus assessores científicos têm como missão chegar a um acordo mundial para conter o ritmo do aquecimento global. Esse fenômeno é normalmente benéfico, mas saiu de controle, aparentemente como resultado da atividade industrial humana, e agora pode desarranjar o clima da Terra a ponto de ameaçar a sobrevivência de inúmeras espécies e impor um modo de vida mais áspero e severo à própria humanidade.



Outras conferências:

Muita esperança, poucos resultados

Nem sempre as reuniões de líderes mundiais e seus
sábios chegam a resultados positivos e duradouros
Bettmann/Corbis/Latinstock


Liga das Nações (1919)
O que era: com o fim da I Guerra, 42 países assinaram uma declaração com o objetivo de garantir a paz no mundo. Tentava-se evitar uma nova escalada de desentendimentos como a que levou ao sangrento conflito na Europa. Os países deveriam submeter à arbitragem da Liga qualquer desavença internacional.
Em que resultou: foi um fracasso. A Liga das Nações não se mexeu para tentar evitar os movimentos expansionistas da Itália, do Japão e da Alemanha que tiveram como desfecho a II Guerra. Aperfeiçoado, o modelo da Liga resultou, em 1945, na criação da Organização das Nações Unidas (ONU).
Bettmann/Corbis/Latinstock


Conferência de Bretton Woods (1944)
O que foi: representantes de 44 governos se reuniram com o objetivo de estabelecer as bases para a reconstrução econômica da Europa devastada pela II Guerra. Adotou-se o câmbio fixo entre o dólar e as demais moedas.
Em que resultou: os acordos costurados em Bretton Woods deram origem à criação do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial, organismos que lançaram as sementes da globalização. Mas as medidas tomadas para estabilizar o câmbio foram abandonadas no início dos anos 70.
Sergio Zalis


Eco 92 (1992)
O que foi: Representantes de 179 países se reuniram no Rio de Janeiro a fim de estabelecer metas para combater os males causados pelo uso predatório dos recursos naturais.
Em que resultou: O encontro produziu um documento aplaudido por todos, mas que, na prática, ficou restrito ao terreno das boas intenções. O crescimento da economia global, desde então, foi proporcional à degradação causada ao ambiente.
Detalhando, ECO-92, Rio-92, Cúpula ou Cimeira da Terra são nomes pelos quais é mais conhecida a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD), realizada entre 3 e 14 de junho de 1992 no Rio de Janeiro. O seu objetivo principal era buscar meios de conciliar o desenvolvimento sócio-econômico com a conservação e proteção dos ecossistemas da Terra.
A Conferência do Rio consagrou o conceito de desenvolvimento sustentável e contribuiu para a mais ampla conscientização de que os danos ao meio ambiente eram majoritariamente de responsabilidade dos países desenvolvidos. Reconheceu-se, ao mesmo tempo, a necessidade de os países em desenvolvimento receberem apoio financeiro e tecnológico para avançarem na direção do desenvolvimento sustentável. Naquele momento, a posição dos países em desenvolvimento tornou-se mais bem estruturada e o ambiente político internacional favoreceu a aceitação pelos países desenvolvidos de princípios como o das responsabilidades comuns, mas diferenciadas. A mudança de percepção com relação à complexidade do tema deu-se de forma muito clara nas negociações diplomáticas, apesar de seu impacto ter sido menor do ponto de vista da opinião pública.


Fica aqui o vídeo, de uma garota de 13 anos que calou o mundo por cinco minutos na ECO 92.

http://www.youtube.com/watch?v=1qwRFpKpjhw&feature=related

E a pergunta é: 'A Copenhagen será mais um amontoado de informações com as tags #meioambiente, #2009 e #mudançasclimáticas, ou realmente veremos alguma diferença dentro de alguns anos?'


Fontes (Vale acompanhar):

http://pt.wikipedia.org/wiki/ECO-92
http://veja.abril.com.br/161209/fome-ar-agua-comida-p-132.shtml
http://www.portalodm.com.br/conferencia-de-copenhagen-cop-15--e--24.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Relat%C3%B3rio_Stern
http://www.mudancasclimaticas.andi.org.br/cop15/blogs/andi



Essa postagem foi adaptada por Malvyna (Malvynausius Horrypilus), e espero ter esclarecido um pouco sobre a idéia da COP15. Em breve falamos mais sobre Mudanças climáticas, devido a minhas tendências meteorológicas.

Leia também:

Habitos e Habitat (Blog da Gabbi Veigas - do Teatro Mágico)

Carbono Brasil 


>=)

5 comentários:

  1. E a Málvina posta algo...é, alguma coisa se aproxima.....

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  2. Sei que vcs sempre postam algo interessante... Garotos competentes! lol

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  3. Viram a meta do Brasil na Copenhagen, por falar nisso? acabou de sai no twitter...

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  4. Enquanto o mundo for regido pelo sistema capitalista, o meio ambiente, a vida de qualquer ser da face da Terra não será levada em consideração. Capitalismo é sinônimo de destruição, seja ela ambiental ou cultural.

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  5. Eu não sou anti-capitalismo. Na verdade credito que nenhum sistema seja perfeito, todos no papel são lindos, mas na prática...
    Não acredito que guerras resolvam nada, nem revoluções armadas, nem ditaduras. Com esse pensamente sei que é impossível imaginar uma solução, mas a verdade é que o homem continua sendo o lobo do homem independente da corrente social a qual estiver preso.
    Mas quem sabe um dia, o homem saiba equilibrar o que há de melhor em cada sistema, e viver assim. Ou não.

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