sexta-feira, 4 de novembro de 2011

É lamentavel, mas infelizmente é verdade...

São Leopoldo tem um dos menores índices de analfabetismo e de mendicância do país, talvez por causa de homens como este! 
EMPRESÁRIO DE SÃO LEOPOLDO 
Silvino Geremia é empresário em São Leopoldo, Estado do Rio Grande do Sul. 
Eis o seu desabafo, publicado na revista EXAME: 


"Acabo de descobrir mais um desses absurdos que só servem para atrasar a vida das pessoas que tocam e fazem este país: investir em Educação é contra a lei .
Vocês não acreditam?

Minha empresa, a Geremia, tem 25 anos e fabrica equipamentos para extração de petróleo, um ramo que exige tecnologia de ponta e muita pesquisa.
Disputamos cada pedacinho do mercado com países fortes, como os Estados Unidos e o Canadá.
Só dá para ser competitivo se eu tiver pessoas qualificadas trabalhando comigo.
Com essa preocupação criei, em 1988, um programa que custeia a educação em todos os níveis para qualquer funcionário, seja ele um varredor ou um técnico.
Este ano, um fiscal do INSS visitou a nossa empresa e entendeu que Educação é Salário Indireto.

Exigiu o recolhimento da contribuição social sobre os valores que pagamos aos estabelecimentos de ensino freqüentados por nossos funcionários, acrescidos de juros de mora e multa pelo não recolhimento ao INSS.
Tenho que pagar 26 mil reais à Previdência por promover a educação dos meus funcionários?
Eu honestamente acho que não.

Por isso recorri à Justiça.
Não é pelo valor em si , é porque acho essa tributação um atentado.
Estou revoltado.
Vou continuar não recolhendo um centavo ao INSS, mesmo que eu seja multado 1000 vezes.
O Estado brasileiro está completamente falido.
Mais da metade das crianças que iniciam a 1ª série não conclui o ciclo básico.
A Constituição diz que educação é direito do cidadão e um dever do Estado.
E quem é o Estado? 
Somos todos nós.

Se a União não tem recursos e eu tenho, acho que devo pagar a escola dos meus funcionários.
Tudo bem, não estou cobrando nada do Estado.
Mas também não aceito que o Estado me penalize por fazer o que ele não faz.
Se essa moda pega, empresas que proporcionam cada vez mais benefícios vão recuar.. 
Não temos mais tempo a perder.

As leis retrógradas, ultrapassadas e em total descompasso com a realidade devem ser revogadas.
A legislação e a mentalidade dos nossos homens públicos devem adequar-se aos novos tempos.
Por favor, deixem quem está fazendo alguma coisa trabalhar em paz.
E vão cobrar de quem desvia dinheiro, de quem sonega impostos, de quem rouba a Previdência, de quem contrata mão-de-obra fria, sem registro algum. 
Eu Sou filho de família pobre, de pequenos agricultores, e não tive muito estudo.
 
Somente consequi completar o 1º grau aos 22 anos e, com dinheiro ganho no meu primeiro emprego, numa indústria de Bento Gonçalves, na serra gaúcha, paguei uma escola técnica de eletromecânica.
 
Cheguei a fazer vestibular e entrar na faculdade, mas nunca terminei o curso de Engenharia Mecânica por falta de tempo.
 
Eu precisava fazer minha empresa crescer.
 
Até hoje me emociono quando vejo alguém se formar.
 
Quis fazer com meus empregados o que gostaria que tivessem feito comigo.
 
A cada ano cresce o valor que invisto em educação porque muitos funcionários já estão chegando à Universidade.
 
O fiscal do INSS acredita que estou sujeito a ações judiciais.

Segundo ele, algum empregado que não receba os valores para educação poderá reclamar uma equiparação salarial com o colega que recebe..
Nunca, desde que existe o programa, um funcionário meu entrou na Justiça.
Todos sabem que estudar é uma opção daqueles que têm vontade de crescer...
E quem tem esse sonho pode realizá-lo porque a empresa oferece essa oportunidade.
O empregado pode estudar o que quiser, mesmo que seja Filosofia, que não teria qualquer aproveitamento prático na nossa Empresa Geremia. 
No mínimo, ele trabalhará mais feliz.

Meu sonho de consumo sempre foi uma Mercedes-Benz.
Adiei sua realização várias vezes porque, como cidadão consciente do meu dever social, quis usar meu dinheiro para fazer alguma coisa pelos meus 280 empregados.
Com os valores que gastei no ano passado na educação deles, eu poderia ter comprado Duas Mercedes.
Teria mandado dinheiro para fora do País e não estaria me incomodando com essas leis absurdas .
Mas infelizmente não consigo fazer isso. 
Eu sou um teimoso.

No momento em que o modelo de Estado que faz tudo está sendo questionado, cabe uma outra pergunta.
Quem vai fazer no seu lugar?
Até agora, tem sido a iniciativa privada.
Não conheço, felizmente, muitas empresas que tenham recebido o mesmo tratamento que a Geremia recebeu da Previdência por fazer o que é dever do Estado.
As que foram punidas preferiram se calar e, simplesmente, abandonar seus programas educacionais.
Com esse alerta temo desestimular os que ainda não pagam os estudos de seus funcionários. 
Não é o meu objetivo.
 
Eu, pelo menos, continuarei ousando ser empresário, a despeito de eventuais crises, e não vou parar de investir no meu patrimônio mais precioso:
 
as pessoas.
 
Eu sou mesmo teimoso!...
 
Não tem jeito...




"No futebol, o Brasil ficou entre os 8 melhores do mundo e todos estão tristes.
Na educação é o 85º e ninguém reclama..."
EU APOIO ESTA TROCA

TROQUE 01 PARLAMENTAR POR 344 PROFESSORES
 

O salário de 344 professores que ensinam =
 ao de 1 parlamentar que rouba

*B I S P O*

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

E pra que acha que conspiração é coisa de internet...

É pessoal, agora que temos provas empíricas, ninguém pode mais me dizer que eu sou louco ou que aqueles que acreditam na boa e velha "CONSPIRAÇÃO do SISTEMA" são subversivos que precisam arrumar namoradas. Espero que o documento abaixo possa esclarecer as dúvidas e abrir os olhos de muuita gente. E antes que digam que não tem procedência, analisem a bibliografia e lembrem-se, estamos falando de matemática, ciência que, diferentemente do Direito -  aquela que possibilita a existência dessas estruturas bizarras - não erra.:


Matemáticos revelam rede capitalista que domina o mundo

Da New Scientist - 22/10/2011
Visão crítica: Revelada a rede capitalista que domina o mundo
Este gráfico mostra as interconexões entre o grupo de 1.318 empresas transnacionais que formam o núcleo da economia mundial. O tamanho de cada ponto representa o tamanho da receita de cada uma.[Imagem: Vitali et al.]

Além das ideologias
Conforme os protestos contra o capitalismo se espalham pelo mundo, os manifestantes vão ganhando novos argumentos.
Uma análise das relações entre 43.000 empresas transnacionais concluiu que um pequeno número delas - sobretudo bancos - tem um poder desproporcionalmente elevado sobre a economia global.
A conclusão é de três pesquisadores da área de sistemas complexos do Instituto Federal de Tecnologia de Lausanne, na Suíça.


Este é o primeiro estudo que vai além das ideologias e identifica empiricamente essa rede de poder global.
"A realidade é complexa demais, nós temos que ir além dos dogmas, sejam eles das teorias da conspiração ou do livre mercado," afirmou James Glattfelder, um dos autores do trabalho. "Nossa análise é baseada na realidade."
Rede de controle econômico mundial
A análise usa a mesma matemática empregada há décadas para criar modelos dos sistemas naturais e para a construção de simuladores dos mais diversos tipos. Agora ela foi usada para estudar dados corporativos disponíveis mundialmente.
O resultado é um mapa que traça a rede de controle entre as grandes empresas transnacionais em nível global.
Estudos anteriores já haviam identificado que algumas poucas empresas controlam grandes porções da economia, mas esses estudos incluíam um número limitado de empresas e não levavam em conta os controles indiretos de propriedade, não podendo, portanto, ser usados para dizer como a rede de controle econômico poderia afetar a economia mundial - tornando-a mais ou menos instável, por exemplo.
O novo estudo pode falar sobre isso com a autoridade de quem analisou uma base de dados com 37 milhões de empresas e investidores.
A análise identificou 43.060 grandes empresas transnacionais e traçou as conexões de controle acionário entre elas, construindo um modelo de poder econômico em escala mundial.
Poder econômico mundial
Refinando ainda mais os dados, o modelo final revelou um núcleo central de 1.318 grandes empresas com laços com duas ou mais outras empresas - na média, cada uma delas tem 20 conexões com outras empresas.
Mais do que isso, embora este núcleo central de poder econômico concentre apenas 20% das receitas globais de venda, as 1.318 empresas em conjunto detêm a maioria das ações das principais empresas do mundo - as chamadas blue chips nos mercados de ações.
Em outras palavras, elas detêm um controle sobre a economia real que atinge 60% de todas as vendas realizadas no mundo todo.
E isso não é tudo.
Super-entidade econômica
Quando os cientistas desfizeram o emaranhado dessa rede de propriedades cruzadas, eles identificaram uma "super-entidade" de 147 empresas intimamente inter-relacionadas que controla 40% da riqueza total daquele primeiro núcleo central de 1.318 empresas.
"Na verdade, menos de 1% das companhias controla 40% da rede inteira," diz Glattfelder.
E a maioria delas são bancos.
Os pesquisadores afirmam em seu estudo que a concentração de poder em si não é boa e nem ruim, mas essa interconexão pode ser.
Como o mundo viu durante a crise de 2008, essas redes são muito instáveis: basta que um dos nós tenha um problema sério para que o problema se propague automaticamente por toda a rede, levando consigo a economia mundial como um todo.
Eles ponderam, contudo, que essa super-entidade pode não ser o resultado de uma conspiração - 147 empresas seria um número grande demais para sustentar um conluio qualquer.
A questão real, colocam eles, é saber se esse núcleo global de poder econômico pode exercer um poder político centralizado intencionalmente.
Eles suspeitam que as empresas podem até competir entre si no mercado, mas agem em conjunto no interesse comum - e um dos maiores interesses seria resistir a mudanças na própria rede.
As 50 primeiras das 147 empresas transnacionais super conectadas
  1. Barclays plc
  2. Capital Group Companies Inc
  3. FMR Corporation
  4. AXA
  5. State Street Corporation
  6. JP Morgan Chase & Co
  7. Legal & General Group plc
  8. Vanguard Group Inc
  9. UBS AG
  10. Merrill Lynch & Co Inc
  11. Wellington Management Co LLP
  12. Deutsche Bank AG
  13. Franklin Resources Inc
  14. Credit Suisse Group
  15. Walton Enterprises LLC
  16. Bank of New York Mellon Corp
  17. Natixis
  18. Goldman Sachs Group Inc
  19. T Rowe Price Group Inc
  20. Legg Mason Inc
  21. Morgan Stanley
  22. Mitsubishi UFJ Financial Group Inc
  23. Northern Trust Corporation
  24. Société Générale
  25. Bank of America Corporation
  26. Lloyds TSB Group plc
  27. Invesco plc
  28. Allianz SE 29. TIAA
  29. Old Mutual Public Limited Company
  30. Aviva plc
  31. Schroders plc
  32. Dodge & Cox
  33. Lehman Brothers Holdings Inc*
  34. Sun Life Financial Inc
  35. Standard Life plc
  36. CNCE
  37. Nomura Holdings Inc
  38. The Depository Trust Company
  39. Massachusetts Mutual Life Insurance
  40. ING Groep NV
  41. Brandes Investment Partners LP
  42. Unicredito Italiano SPA
  43. Deposit Insurance Corporation of Japan
  44. Vereniging Aegon
  45. BNP Paribas
  46. Affiliated Managers Group Inc
  47. Resona Holdings Inc
  48. Capital Group International Inc
  49. China Petrochemical Group Company
Bibliografia:

The network of global corporate control
Stefania Vitali, James B. Glattfelder, Stefano Battiston
arXiv
19 Sep 2011
http://arxiv.org/abs/1107.5728

*B I S P O*

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

A genialidade e a época

Morreu, aos 56 anos de idade, Steve Jobs, fundador junto com o amigo Steve Wozniak, de uma das empresas mais importantes das últimas décadas, a Apple. Jobs foi um visionário que, com seus produtos, mudou a forma que as pessoas tinham de interagir com o mundo ao seu redor.
Na década de 1980 criou o Apple II, um computador pessoal realmente usável, simples, que não requeria conhecimento de eletrônica e informática. Além deste, como se já não fosse suficiente, inventou gadgets revolucionários como o iPad, o iPhone e o iPod. Cada um, à sua maneira, transformou o mercado, ditou tendências, criou nichos e necessidades. Sem falar em programas como o iTunes.
Essas inovações da empresa de Jobs (dentre outras) o coloca como um dos maiores empresários da história. Em décadas ainda estaremos ouvindo falar dele, de como suas invenções foram revolucionárias, como transformaram o mundo. Sua genialidade e criatividade ainda será pauta de livros de administração e os casos estudados em salas de aula mundo afora.
Parece que os anos 2000 tiveram seu Henry Ford. O modelo T da empresa que leva seu nome foi fundamental na popularização do automóvel e moldou a sociedade do século 20. Como Ford, Jobs também oferecia poucas opções ao seu consumidor. Se nós podíamos escolher qualquer cor de carro desde que fosse preta, as invenções da Apple também primavam pela restrição de modelos e cores.
Mas as semelhanças param aí. O sonho de Ford era que seus funcionários pudessem comprar os carros que fabricavam. A Apple sempre fez questão que seus produtos simbolizassem status, diferenciação. Se os trabalhadores de Henry Ford podem comprar o carro, os da Apple são submetidos a jornadas de trabalho que lembram escravidão. Não são raros os suicídios na fábrica chinesa que produz estes caros e exclusivos gadgets.
Reportagens abundam sobre as condições de vida e de trabalho desses funcionários, que, não raro, passam o dia em completo silêncio por falta do que falar. Sem vida cotidiana, sem assunto, sem conversa, sem interação com o colega. Quanta ironia! Os produtos que trouxeram mais interação são fabricados por aqueles que não têm um centímetro de vida social.
Se Ford representava o sonho do século 20, da metrópole, da incorporação das massas ao mundo do consumo, Jobs sintetiza como ninguém este novo mundo em que vivemos: um mundo que não sabe para onde vai, que não tem mais projetos de futuro, que não "sonha", cuja separação entre trabalho e tempo livre se perdeu, seja nos gadgets que nos mantêm informado todo o tempo (aumentando nosso "capital social" e "empregabilidade"), ou no trabalhador desprovido de garantias legais, livre, que "livremente" escolhe se submeter a condições sub-humanas.
Foi o gênio da nossa época.

*B I S P O*

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

E para aqueles que já estiveram apaixonados um dia....


"Namoro há dois anos um rapaz e vamos nos casar no próximo ano. A questão é: Não o amo. Amo, de fato, outro homem que conheci recentemente e ele tem uma forte esperança de que um dia possamos ficar juntos. Não sei o que fazer, pois, toda vez que tento terminar com o atual e assumir a nova relação, sou ameaçada. Meu namorado diz que vai me matar e se matar. Não quer nem ouvir falar que eu amo outro. Diz que sou sua. Já comprou nossa casa, que está pronta para que possamos mudar em março. O que eu faço com esse amor que me enlouquece?".
Histórias como a da Maria são mais comuns do que você leitor pode imaginar. Recebo e-mails de homens e mulheres em situações parecidas. Estão prestes a se casar ou estão casados e, de repente, um dos dois percebe que ama outro. Um ex, um novo amor que chega, um colega, um amigo que se tornou mais que um amigo, algo ou alguma coisa muda na relação, que deixa de ser importante.
Em alguns casos, essas relações já vêm doentes desde o início. São relações que começaram, terminaram, retomaram inúmeras vezes por motivos variados. A tônica parece mesmo o thriller do romper e reatar. Aquela sensação de "O que vai ser essa semana? Vamos ficar juntos ou não?". São casais que têm as malas prontas para, por qualquer motivo, abandonar o barco. E, então, quando chega outro, bem, fica tudo mais provocante.
A reflexão hoje é: por que insistir em uma relação com tantas idas e vindas? Por que insistir em uma relação que já começa torta? Por que seguir até ao altar e dizer SIM? Será que isso não é doença?
Pensem comigo, amor não pode ser.
Você conhece casais assim? Pois é, existem. E, então, fica o convite: Por que não parar de discutir a relação e começar a discutir os problemas da relação? Em muitos casos, só essa mudança de visão já seria um bálsamo, e, então, o que começou torto pode ser que se endireite...
Negociar o problema, o que incomoda, o como nós sentimos com essa ou aquela atitude é diferente de negociar o fim da relação, é mais maduro, é mais adulto. Sair batendo a porta, os pés, o que for, é quase infantil e não ajuda. Até porque, quando isso acontece, o outro apaga os problemas e foca somente na retomada da relação, doente ou não.
E é verdade, machuca demais. Aumenta a dependência.
Imagine você viver na iminência de um rompimento! Ter de andar sobre ovos para não incomodar o outro, e se este, de repente, decidir ir para sempre?
Isso não é vida!
Quem ama quer ver o outro feliz. Quem ama respeita os limites do outro, está com o outro, não tem a posse deste — e isso também é diferente.
Quem ama cuida. Dá espaço. Cresce com o outro, confronta, posiciona-se, ama e se deixa amar. Então, se é assim, será que o que essa leitora vive tem chance de dar certo?
Infelizmente, temo que não. Uma relação com base no medo, no egoísmo, na manipulação, não pode ir longe, a não ser que ambos decidam parar tudo e rever. Nesse caso, não há muito a fazer, até porque ela não o ama, e, se não há amor, como ficar? Pode até ser que ela esteja iludida com o outro, mas isso só mesmo em um ambiente de terapia ela poderá compreender. Fato é que algo precisa ser feito. Ela precisa tomar a vida nas próprias mãos, nem que seja para pedir ajuda. Se continuar como refém de um e outro, ela não será feliz e, pior, se tornará uma eterna vítima à mercê do outro...
Se com todo o amor do mundo, respeito, compromisso, dedicação, renúncia e tudo o mais que uma relação a dois pede, como presença, atenção, compaixão etc. E, mesmo assim, enfrenta crises, altos e baixos, o que podemos esperar de uma relação que começa às avessas?
Bem, fica aqui o convite para a leitora. Busque ajuda especializada. Inicie um processo de terapia. Tente entender o que está buscando e qual é o prazer em ser a vítima, estar entre dois homens que a desejam...
Qual é a crença? Qual é a ilusão? Qual é o prazer negativo?

Por Sandra Maia | Amor e outras coisas


*B I S P O*

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Dilma veta medida de combate à corrupção



por Eduardo Militão e Fábio Góis
28/09/2011 07:00
ABr
Com o argumento de que prejudicaria a população, Dilma vetou mecanismo da LDO que impediria repasses para estados e municípios inadimplentes - ABr
Se na Esplanada dos Ministérios a “faxina” de Dilma Rousseff passa a ideia de rigor contra a corrupção, na relação do governo federal com estados e municípios, a presidenta acaba de emitir um sinal inverso. Dilma vetou do texto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) um dispositivo que se destinava a evitar irregularidades e desvios nos convênios da União com as prefeituras e os governos estaduais. Ela retirou da LDO a exigência de que todos os governos estivessem com as prestações de contas em dia para receberem mais dinheiro do orçamento da União. Os problemas nas prestações de contas podem ser sinais de uso irregular ou até desvio de verbas públicas.
Como mostrou o Congresso em Foco no ano passado, apenas sete estados, a maioria da base aliada, receberam R$ 235 milhões mesmo “sujos” com o governo federal. Ou seja, ou não prestaram contas sobre se usaram corretamente o dinheiro, ou fizeram isso fora do prazo, não apresentaram documentos exigidos, ou eram investigados por tomadas de contas. Até hoje, os repasses continuam sendo feitos.
O Ministério do Planejamento, que orientou o veto de Dilma, disse que o objetivo do governo federal não foi “afrouxar” regras de combate à corrupção, mas garantir a continuidade das políticas públicas, para não prejudicar a população, principalmente a mais carente. A oposição não perdoa. “A presidente quer dizer para os aliados que eles podem roubar”, critica o deputado Pauderney Avelino (DEM-AM), autor do mecanismo vetado pelo Palácio.
Para fazer os repasses de dinheiro, considerados ilegais pelas Consultorias de Orçamento da Câmara e do Senado, o governo se valeu da diretriz 2/10 do Ministério do Planejamento, publicada às vésperas das eleições. Pela norma, se a Secretaria de Transportes de uma cidade ou governo está “suja” porque não prestou contas das verbas recebidas, as outras secretarias podem continuar a receber verbas. O prefeito pode criar, por exemplo, a Secretaria de Mobilidade Urbana e tocar novas obras, apesar de um superfaturamento na empreitada anterior.
Lei de Responsabilidade Fiscal
A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) aprovada pelo Congresso neste ano queria deixar claro que isso já é proibido por lei – no caso, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Por isso, foi incluído no texto orçamentário um artigo obrigando que a verificação de adimplência do estado e do município seja feita em todas as secretarias – e não apenas naquela que vai receber o dinheiro. Continuaria valendo a exceção para as áreas de educação, saúde e assistência, como prevê a Lei de Responsabilidade Fiscal, para que as restrições não prejudiquem os serviços essenciais à população.
Mas Dilma vetou o mecanismo de prevenção a novos desvios de recursos. Após parecer dos Ministérios da Fazenda e do Planejamento, a presidenta da República justificou que “a maioria dos entes da Federação” tem problemas e não poderia pedir dinheiro para convênios com a União. A assessoria do Planejamento disse ignorar quantos são os governos e prefeituras impedidos de receberem dinheiro por inadimplência de alguma de suas secretarias.
Dilma alegou que a medida inviabilizaria as políticas públicas, o que prejudicaria a população (leia o veto da presidenta). No entanto, a LRF já exclui as áreas sociais mais sensíveis, como enfatizaram os chefes das Consultorias de Orçamento da Câmara e do Senado, Wagner Primo Júnior e Orlando de Sá Neto, em nota técnica que analisou todos os quase 40 vetos da presidente. “Os vetos atingiram importantes dispositivos relacionados à transparência da peça orçamentária”, disseram os especialistas no documento (leia o parecer).
Como eles entendem que a medida apenas confirma o que já está em lei, Primo e Sá Neto, dizem que a Lei de Responsabilidade Fiscal está sendo desrespeitada e, mesmo com o “não” de Dilma, é preciso fazer a checagem minuciosa de todas as prestações de contas.
Não há previsão de data para que deputados e senadores se reúnam e, em sessão do Congresso, apreciem o veto presidencial. Essa sessão deliberativa, temem oposicionistas, pode acabar sendo empurrada para o próximo ano pela ampla maioria governista tanto na Câmara quanto no Senado.
Retórica
O deputado Pauderney disse ao Congresso em Foco que a disposição de Dilma contra a corrupção é mera retórica. “A presidente tem dois ou três discursos. O primeiro é para a opinião pública – e, aí sim, ela gosta que a imprensa fale de faxina. O outro discurso é para a base aliada dela, e aí ela diz que não é faxina o que ela está fazendo, que faxina seria uma coisa tópica”, disse o oposicionista. Ele acrescentou que Dilma deixa a “esfera prática” ao decidir vetar uma emenda “que permitiria que a moralidade pública fosse exercida”.
Segundo Pauderney, a gestão da presidenta repete a tolerância do governo Lula em relação à malversação de dinheiro público e à corrupção. “Ela tirou da lei a vedação de que era proibido roubar. Nós já flagramos algumas vezes o Executivo repassando recursos para estados e municípios inadimplentes, burlando a norma legal”, emendou o deputado, garantindo que seu partido reagirá ao veto.
“Já estamos conversando sobre esse tema com o Tribunal de Contas da União. Temos de buscar um caminho, nem que seja trazer para a tribuna, ir ao Ministério Público, ir à Justiça Federal, fazer ação civil pública. Nesse caso, há uma ação realmente orquestrada entre os ministérios e até o próprio Congresso Nacional. São os órgãos da administração federal contribuindo para a corrupção”, concluiu.
Ações judiciais
Em nota, o Ministério do Planejamento disse que a motivação do veto foi evitar prejuízos à sociedade. “A medida geraria prejuízos à população, especialmente a mais carente, e um aumento das ações judiciais para cancelar os registros de inadimplência.”
No ano passado, o Congresso em Foco localizou alguns governo estaduais que alegaram receber recursos públicos mesmo inadimplentes por força de decisão judicial. Para exemplificar isso, o Planejamento citou uma ação cautelar movida por vários estados no Supremo Tribunal Federal contra a União que lhes garantiu o repasse de dinheiro.
Entretanto, a decisão do STF se refere a um governo com problemas por causa de uma empresa estatal ou autarquia – a chamada administração indireta. A medida vetada por Dilma refere-se a secretarias de estados e prefeituras, a chamada administração direta.
O Planejamento não respondeu se, embora motivado por não prejudicar a população, o veto não teria o efeito colateral de fomentar a corrupção. A assessoria disse que não era de sua competência comentar o conteúdo do veto.
Obrigação
Depois de afastar por suspeitas de corrupção e irregularidades ministros e diretores dos setores de Transportes, Turismo e Agricultura, Dilma passou a desprezar o termo “faxina”, para não causar atritos com sua base aliada. Disse que combater a corrupção não é “meta”, mas “obrigação” de um governo, já que a prioridade sempre será acabar com a miséria.
A Casa Civil da Presidência da República disse que não comentaria o caso, sob o argumento de que o assunto diz respeito às ações do Planejamento. O Ministério da Fazenda, que também orientou o veto, não prestou esclarecimentos.

*B I S P O*

sábado, 24 de setembro de 2011

Congresso brasileiro custa o dobro do que o de sete países da América Latina juntos

Do Opera Mundi - 20/09/2011 - 18h45

O Brasil é o país com o sistema legislativo mais caro da América Latina e seus parlamentares recebem os maiores salários, segundo estudo divulgado nessa terça-feira (20/09) pelo CIDE (Centro de Pesquisa e Docência Econômica).
De acordo com a pesquisa, em 2010, o Brasil destinou 4,67 bilhões de dólares do orçamento para o Poder Legislativo. O México gastou 730 milhões de dólares; a Venezuela, 380 milhões de dólares; a Argentina, 368 milhões de dólares; a Colômbia, 181 milhões de dólares; o Chile, 163 milhões de dólares; o Peru, 110 milhões de dólares; a Costa Rica, 76 milhões de dólares; e o Uruguai, 63 milhões de dólares.
O documento, no entanto, reitera que a verba depende do tipo de Congresso de cada país e do tamanho de seus parlamentos. Meso assi, os deputados e senadores do Brasil são os que recebem os maiores salários nominais da região: 15.942 dólares.
No México, os parlamentares ganham 12.310 dólares; no Chile, 10.878 dólares; na Colômbia, 10.240 dólares; no Uruguai, 7.156 dólares; no Peru, 5.491 dólares; na Argentina, 5.415 dólares; na Costa Rica, 4.955 dólares; e na Venezuela, 3.964 dólares.
O CIDE, um dos institutos de pesquisa mais prestigiados do México, aponta ainda que os salários do Brasil são superiores ao de países como Espanha, Reino Unido e Alemanha, onde os parlamentares ganham, respectivamente, 7.011 dólares, 7.858 dólares e 11 mil dólares.
"Se for medido quanto representa o salário anual dos legisladores com relação ao Produto Interno Bruto (PIB) per capita, ou seja, quanto ganha um parlamentar em relação ao nível de riqueza média por habitante do país, esse número vai ser excepcionalmente alto", advertiu o estudo.
No Brasil, um deputado ou senador ganham 17,69 vezes o PIB per capita do país. No México, essa proporção é de 15,44 vezes. Mais abaixo da tabela, aparecem países como Argentina, onde os legisladores ganham 7,11 vezes o PIB per capita, e Venezuela, onde os legisladores recebem 4,78 vezes. Nos Estados Unidos, por exemplo, essa proporção é de 3,68 vezes.
Por outro lado, tendo como base a despesa total do país, a nação da América Latina que mais dispensa recursos ao legislativo é a Costa Rica (0,92%), seguido por Uruguai (0,63%), Argentina (0,52%) e Venezuela (0,51%). O Brasil aparece na quinta posição, com 0,46%.
Ao se dividir o orçamento que cada país dedica a seu parlamento entre o número de habitantes de cada nação, o resultado é que cada brasileiro gasta 24 dólares com cada parlamentar.

*B I S P O*

Sintomas da patologia conhecida como R.E.L.I.G.I.Ã.O

A Justiça Federal aceitou parcialmente a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo contra o bispo Edir Macedo e outros três integrantes da cúpula da Igreja Universal do Reino de Deus. Com a decisão, os quatro passam a ser réus e vão responder pelos crimes de formação de quadrilha para lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
As denúncias de estelionato contra os fiéis da igreja e falsidade ideológica foram rejeitadas. A Justiça Federal confirmou que houve uma decisão do caso, mas não forneceu detalhes. O Ministério Público é que divulgou o conteúdo da decisão. De acordo com o MPF, foi declarado sigilo no caso pelo juiz da 2º da Vara Federal Criminal de São Paulo.
O Ministério Público Federal anunciou que vai recorrer das acusações que foram rejeitadas. A denúncia do MPF descrevia Edir Macedo como "mentor da política criminosa" da igreja. O ex-deputado federal João Batista Ramos da Silva, que em 2005 foi pego em um jato no aeroporto de Brasília com cerca de R$ 10 milhões em espécie, é denunciado por ser presidente da Universal. A diretora financeira Alba Maria Silva da Costa e o bispo Paulo Roberto Gomes da Conceição são apontados como responsáveis por definir e orientar remessas ilícitas de dinheiro para contas correntes mantidas pela instituição no exterior.
De acordo com a investigação do Ministério Público Federal, Edir Macedo e os três integrantes da direção da igreja teriam utilizado os serviços de uma casa de câmbio de São Paulo para mandar recursos de forma ilegal para os Estados Unidos, entre 1999 e 2005.
Doleiros, ex-proprietários da Diskline Câmbio e Turismo, contaram em depoimento que o dinheiro arrecadado dos fieis seria levado à casa de câmbio em carros da igreja protegidos por segurança da instituição. As notas muitas vezes estavam "amassadas, rasgadas, coladas com duréx, suadas e rabiscadas". Por causa da grande quantidade, cofres eram alugados em agências bancárias próximas à casa de câmbio. Os doleiros se encarregariam de transferir o dinheiro para contas bancárias nos Estados Unidos.
A investigação se valeu também do depoimento registrado em cartório por Waldir Abrão, ex-diretor da Universal e ex-vereador no Rio, seis dias antes de ser morto em 2009. Ele declarou que as doações de fieis eram entregues diretamente na tesouraria da instituição e que só 10% da quantia era depositada na conta da igreja. O restante era remetido, de acordo com Abrão, por doleiros para o Uruguai e outros paraísos fiscais. As circunstâncias da sua morte ainda não foram esclarecidas.
Em 2009, o Ministério Público Estadual de São Paulo chegou a apresentar denúncia contra Macedo e oito dirigentes da igreja por lavagem de dinheiro, mas o Tribunal de Justiça do estado anulou o processo, em outubro de 2010, porque entendeu que a investigação deveria ser remetida para a Justiça Federal.
A denúncia do MPF havia sido apresentada no dia 1º de setembro pelo procurador da República Sílvio Luís Martins de Oliveira e também utiliza fatos que foram levantados pela investigação do Ministério Público Estadual.
O advogado da Universal, Antonio Sergio Pitombo, informou na tarde desta sexta-feira que ainda não havia tomado conhecimento da decisão.

and on and on and on and on...

*B I S P O*

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Mudança de ares.

Enfim, após tanto tempo volto a dirigir-me a vocês, pessoal.
Desculpem o lapso de silêncio. Mas o problema é que eu realmente sofro muito(literalmente) com a situação desse nosso país, ou melhor, desse nosso mundo. É impossível que alguém que tenha dentro de si um mínimo de dignidade e/ou consciência consiga calar-se frente às mazelas que a preguiça humana coletiva nos relega/relegou. Quando comecei a escrever no blog estava realmente empolgado e decidido a protestar ininterruptamente, mas o fato é que não dá. E isso não quer dizer que fui vencido pelo cançasso ou coisa parecida. É que simplesmente isso tudo me faz mal. Continuo sendo contrário ao posicionamento de grande parte dos dirigentes dos vários setores - econômico, político, judiciário et cetera - desse nosso planeta capitalista. Mas realmente não quero falar sobre o assunto. Não tão frequentemente quanto andava fazendo antes. Já nem ando me mantendo informado a respeito dessas ocorrências mais. E, na verdade, ando bem mais leve depois que tomei essa decisão. O fato é que nesse caso cabe aquele velho brocardo: a ignorância é uma bênção.
Na realidade, andei pensando mesmo em excluir o blog. Mas vendo que o número - exíguo - de seguidores aumentou um pouco, preferi simplesmente mudar de foco. Se continuar sendo do agrado do pessoal que segue o Grito, que continuem seguindo; se não, infelizmente chegamos a um impasse. De qualquer maneira, agradeço a todos que figuram como seguidores. E também àqueles que me cobraram as postagens congeladas.
Daqui pra frente irei publicar mais notícias e textos relacionados a temas de cunho mais subjetivo em que o assunto injustiça/corrupção/improbidade esteja inserido. Acho que assim evitarei o contato direto com esse tipo de problema concreto mas ainda assim continuarei abordando-o, mesmo que indiretamente.
Espero que continue sendo do agrado daqueles que apreciam meus textos.
Obrigado pela boa vontade.

*B I S P O*

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Enquanto isso, por detrás das cortinas....

O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, tentará persuadir um juiz britânico nesta segunda-feira a bloquear sua extradição à Suécia -- onde poderia ser julgado por crimes sexuais --, argumentando que poderá enfrentar pena de morte nos Estados Unidos.
O australiano Assange, 39 anos, especialista em computação, enfureceu o governo norte-americano ao divulgar milhares de documentos diplomáticos secretos em seu site na Internet. Ele é procurado na Suécia onde duas voluntárias do WikiLeaks o acusam de conduta sexual indevida. Assange nega as alegações.
Durante uma audiência de dois dias, de segunda a terça-feira, no tribunal de alta segurança de Belmarsh, no sudeste de Londres, os advogados de Assange tentarão convencer o juiz Howard Riddle a recusar o pedido de extradição da Suécia.
A Suécia está buscando a extradição de Assange por meio de um mandado de prisão europeu, introduzido em 2004 para acelerar as extradições entre Estados-membro da União Europeia.
Os argumentos para recusar o pedido são limitados, sendo baseados principalmente em se a extradição iria violar os direitos humanos do suspeito ou se o mandado de prisão foi redigido corretamente.
Assange está atualmente vivendo na mansão de um conhecido, sob um tipo de prisão domiciliar, desde que um tribunal lhe concedeu liberdade sob fiança em dezembro.
Em um resumo do caso divulgado na Internet, os advogados de Assange argumentam que o mandado de prisão foi emitido para puni-lo por suas opiniões políticas, e enviá-lo à Suécia seria um passo para que ele seja transferido aos Estados Unidos.
"Existe um risco real de que, se ele for extraditado à Suécia, os EUA buscarão sua extradição e/ou rendição ilegal aos EUA, onde haveria o risco real de ele ser detido na Baía de Guantánamo ou em qualquer outro lugar...", disse o documento.
"De fato, se o sr. Assange for entregue aos EUA...há um risco verdadeiro de que ele poderá estar sujeito à pena de morte", afirmou.
O governo norte-americano está examinando se acusações criminais podem ser feitas contra Assange pela publicação de documentos diplomáticos que revelaram informações sensíveis como aquelas indicando que o rei saudita Abdullah pediu repetidas vezes aos Estados Unidos que atacasse o programa nuclear do Irã.


*B I S P O*

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Mais uma pro Big Bosta Brasil

Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço...A  décima primeira (está indo longe!) edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil,... encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.

Dizem que em Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB é a pura e suprema banalização do sexo. Impossível assistir, ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros... todos, na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterosexuais. O BBB é a realidade em busca do IBOPE...

Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB. Ele prometeu um “zoológico humano divertido” . Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.

Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que  recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo.

Eu gostaria de perguntar, se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.

Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis?

São esses nossos exemplos de heróis?

Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros: profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor, quase sempre mal remunerados..

Heróis, são milhares de brasileiros que sequer têm um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir e conseguem sobreviver a isso, todo santo dia.

Heróis, são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.

Heróis, são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada, meses atrás pela própria Rede Globo.

O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral.

E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!

Veja o que está por de tra$$$$$$$$$$$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.

Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social: moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros?

(Poderiam ser feitas mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores!)

Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.

Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema..., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir.

Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construída nossa sociedade.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Tiririca e outros 17 deputados eleitos declaram não ter qualquer patrimônio

Um levantamento do site Congresso em Foco revela que 18 deputados eleitos, entre eles o palhaço Tiririca (PR-SP), declararam à Justiça Eleitoral, no ato de registro de candidatura, não ter nenhum tipo de bem. Na época da campanha, o comediante foi acusado pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) de omitir dados da sua declaração de bens. O órgão fez a denúncia após reportagem publicada pela revista 'Veja' no ano passado, que mostrou que Tiririca não declarou patrimônio por conta de processos trabalhistas e de sua ex-mulher. A denúncia, no entanto, acabou foi rejeitada pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP). ( Leia também: Legendas terão direito a cerca de R$ 300 milhões do Fundo Partidário )
Entre os parlamentares que fazem parte das listas estão ainda a terceira candidata mais votada de São Paulo, Bruna Furlan (PSDB), de 27 anos, o ambientalista Alfredo Sirkis (PV-RJ) e Nilton Capixaba (PTB-RO), réu na Justiça Federal de Mato Grosso como um dos pivôs do escândalo dos sanguessugas. Ele foi apontado pela CPI como um dos líderes do "braço político" do esquema de venda de emendas parlamentares e superfaturamento de ambulâncias. Nilton Capixaba foi acusado ainda de receber R$ 631 mil do esquema, o segundo maior montante dentre todos os congressistas.
O Conselho de Ética da Câmara chegou a pedir, em 2006, a cassação do mandato de Capixaba. No entanto, a legislatura terminou antes da análise do pedido pelo plenário. Nilton Capixaba se defende, classificando as acusações como levianas.
- Nilton Capixaba acredita na Justiça e tem certeza de que a população vai saber discernir este momento lamentável da política de Rondônia - disse a assessoria do petebista ao Congresso em Foco durante a campanha eleitoral. Capixaba voltou à Câmara com a terceira maior votação da bancada de Rondônia: 52 mil votos.
Conheça os 18 deputados que declararam não ter bens:
1.Alfredo Sirkis (PV-RJ)
2.Amauri Teixeira (PT-BA)
3.Arnaldo Jordy (PPS-PA)
4.Aureo (PRTB-RJ)
5.Bruna Furlan (PSDB-SP)
6.Davi Alcolumbre (DEM-AP)
7.Dr. Grilo, (PSL-MG)
8.Dr. Paulo César (PR-RJ)
9.Evandro Milhomem (PCdoB-AP)
10.Henrique Oliveira (PR-AM)
11.Lindomar Garçon (PV-RO)
12.Luiz Carlos (PSDB-AP)
13.Márcio Marinho (PRB-BA)
14.Mendonça Prado (DEM-SE)
15.Nilton Capixaba (PTB-RO)
16.Pastor Eurico (PSB-PE)
17.Tiririca (PR-SP)
18.Vinicius Gurgel (PRTB-AP)

*B I S P O*

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Protógenes quer igualar penas de corrupção e homicídio

Em seu primeiro "dia útil" de trabalho na Câmara, o deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) protocolou hoje um projeto de lei que iguala a pena do condenado por corrupção à pena do condenado por homicídio qualificado. Na proposta de alteração da Lei de Improbidade Administrativa apresentada pelo deputado, os agentes públicos envolvidos em casos de enriquecimento ilícito estariam sujeitos a penas de 12 a 30 anos de prisão, além de multa a ser fixada pelo juiz de acordo com o dano causado ao erário. Atualmente, o Código Penal prevê uma punição de dois a 12 anos e multa. Seriam enquadrados na nova lei os agentes públicos no exercício do mandato, cargo ou função pública, acusados de peculato, corrupção passiva e ativa.
O deputado propõe a alteração do Decreto-Lei 2.848 do Código Penal de 1940, do Decreto-Lei 3.689 do Código de Processo Penal de 1941 e da Lei 8.429 de 1992. O deputado também propõe a priorização dos processos de improbidade administrativa. "Terão prioridade de realização todos os atos e diligências nos processos e procedimentos judiciais e administrativos, em qualquer instância, destinados a apurar a prática de ato de improbidade", acrescentou o deputado, em sua proposta.
Na justificativa, o deputado - que foi delegado da Polícia Federal e responsável por operações que culminaram com a prisão de políticos e banqueiros - disse que a corrupção "é uma das principais chagas do Brasil". O ex-delegado argumentou também que o País ficou em 75º lugar no ranking de 2008 da Percepção de Corrupção, da ONG Transparência Internacional. Segundo o deputado, a corrupção alimenta o tráfico de drogas e resulta num prejuízo de R$ 69,1 bilhões ao Estado por ano, citando estudo da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, de 2010.
"Um dos principais problemas que dificultam o combate à corrupção é a cultura de impunidade ainda vigente no País. Essa cultura é ainda mais presente entre os administradores públicos", afirmou o deputado. Protógenes citou também, na justificativa do projeto, um trecho do discurso de posse da presidente Dilma Rousseff, em que ela citou que a corrupção"será combatida permanentemente, e os órgãos de controle e investigação terão todo o meu respaldo para aturem com firmeza e autonomia".

*B I S P O*

sábado, 29 de janeiro de 2011

Lobão expondo a verdade sobre o rádio brasileiro e seus monstros

É pessoal, esse é o fim de semana da língua solta, e tem gente de peso botando pra foder. Dessa vez é o Lobão quem chega de "voadora" na realidade musical do brasileiro. Por favor, vejam isto:


Tem até declaração de que o tal viado Luan Santana é uma PORCARIA! Colocou o rock no lugar que a ele pertence - assim como os "babacas que dão a bunda pra serem roqueiros mas fazem sertanojo universitário ",  e o Brasil nega.

*B I S P O*

Minha noite perdida com o Big Brother Brasil

Normalmente eu não gastaria um so caractere pra falar desse lixo putrefato conhecido como big bost...digo, Big Brother, mas como o que o Regis disse bate pereitamente com minha opinião acerca do tal programa, decidi publicar isso aqui também, porque merece ser lido.

Publicado por: Regis Tadeu, especial para o Yahoo!, em 26/01/2011 - 14h54 
 
“Se você não fizer isto, vamos trancá-lo em uma sala aqui no prédio e você será obrigado a ouvir todos os discos do Julio Iglesias ininterruptamente durante 90 dias, e alimentado apenas com bolachas recheadas com morango e suco de caju”. Foi exatamente desta forma amistosa e sutil que o pessoal do Yahoo! me convenceu a fazer algo inédito em minha vida: assistir a um capítulo de uma edição do Big Brother Brasil.

Sim, desde a primeira edição deste troço eu dizia com orgulho típico dos grandes patriotas do passado – como Churchill, Eisenhower, Thomas Jefferson e Dario “Dadá Maravilha Peito de Aço” - que jamais havia parado para assistir a um minuto sequer deste reality show. Claro que eu sabia da existência de alguns de seus participantes, seja por intermédio de pessoas amigas que tentavam comentar comigo a respeito do que acontecia na tal casa, seja pelo fato de algumas figuras oriundas de lá terem tentado a carreira artística e se dado mal. Quem não se lembra do tal de Ban Ban, um sujeito que parecia ter um queijo gorgonzola no lugar do cérebro e que tentou emplacar como comediante e como cantor de “funk carioca”, falhando miseravelmente em ambas as tentativas? E do tal de “Alemão”, rapidamente aposentado depois de uma efêmera tentativa em se tornar repórter?

Pois bem, aceitando o “gentil convite” do Yahoo!, lá fui na última terça-feira sentar em meu confortável e aconchegante sofá, armado com uma garrafa de Jack Daniel’s, uma garrafa de Coca-Cola, um balde com gelo e uns petiscos saborosos para assistir finalmente a um capítulo deste troço.

Logo de cara, fiquei sabendo que era noite de “paredão”, ou seja, um dos meliantes... ahn... quero dizer, participantes... seria eliminado. Os dois candidatos colocados em votação eram um tal de Diogo – um brutamonte que posa de sensível, mas que precisa cortar um abacate para saber quantos caroços existem lá dentro - e um tal de Maurício, um autointitulado “músico” que, ao rir, parecia ter 649 dentes na boca. O eliminado foi o "Sr. sorriso”, que foi inexplicavelmente ovacionado pelos outros integrantes da casa e saudado como herói do lado de fora. Ué, o cara foi eliminado e tratado como vencedor e “rei da cocada preta”? Que raio de jogo é este?

Uma tal de Natália começou então a chorar depois que o “Sr. cheio de dentes” foi botado para fora. Ué, se é uma competição, por que esta menina ficou com cara de quem acabou de enterrar um parente? Fico sabendo que foi ela quem colocou o tal sujeito no “paredón”. Mas... E daí? O mais incrível é que ela caiu aos prantos quando uma tal de Paula disse que ela era “séria e fechada”. Pô, chorar por causa disto é o fim da picada. Se ela então recebesse as mensagens que alguns leitores costumam enviar aqui para o Yahoo! em relação a mim e aos meus textos, ela cortaria os pulsos com uma serra elétrica!

Agora, a cena mais patética deste verdadeiro antro de estupidez aconteceu quando o tal Diogo, que havia concorrido com o “Sr. boca aberta” no paredão, ficou tão emocionado que, além de chorar como um bebê sem a sua mamadeira, ficou ajoelhado no jardim e repetia “eu te amo, Mau Mau” como se fosse um mantra. Ora, ou isto foi uma tremenda declaração de amor gay ou uma inacreditável demonstração de cara de pau por parte do tal zé mané, em um evidente “jogo para a galera”, para que todos se sintam comovidos e solidários em sua tristeza de plástico. Patético!

Para piorar, foram mostrados os... ahn... “melhores momentos” dos capítulos anteriores, que se resumiram a uma inacreditável “Festa do Vampiro”, com todos os participantes vestidos como se estivessem em uma espécie de “festa gótica do ridículo”. Por incrível que pareça, nada aconteceu a não ser as “periguetes” fazendo jus aos seus papeis e os “zé manés” fingindo que não estavam nem aí até o momento em que a cachaça bateu na cabeça, quando então passaram a olhar as meninas com a ansiedade típica que a gente vê em atuns defumados.

Um capítulo à parte é o Pedro Bial, um sujeito evidentemente culto, mas que age no programa como se fosse uma espécie de animador de bingo de fundo de quintal. Fiquei impressionado como ele, mesmo nos momentos mais animados, mostra uma disfarçada ironia ao falar com os participantes e com o público, buscando esconder o evidente desejo de estar muito longe dali e, ao mesmo tempo, tendo a consciência de que está falando com idiotas, sejam aqueles que estão dentro da tela ou em suas casas.

Quando acabou o programa, a única coisa que consegui fazer foi repetir as clássicas palavras do Coronel Klutz, interpretado pelo genial Marlon Brando, no filme Apocalypse Now: “o horror... o horror... o horror...”. Tratei de beber e comer o que restou em cima da mesa, certo de que havia desperdiçado preciosos minutos de minha existência assistindo a um bando de mentecaptos se portando como se estivessem em uma colônia de férias cuja grande atração é um curso de “auto-ajuda do nada”, ministrado por um dos seres mais asquerosos do planeta – um tal de Boninho, um sujeito que dirige o programa e que se vangloria de jogar ovos do alto de sua luxuosa cobertura nas pessoas que passam na rua. Bem, o que se poderia esperar de um sujeito destes?

Por fim, antes de dormir, fiquei com uma pergunta martelando na cabeça: “por que as pessoas assistem a este troço?”

*Regis Tadeu normalmente é colunista de música do Yahoo!. Foi convidado para falar de BBB 11 e, acredite, aceitou.

Bom, resta-me dizer que se não fosse pela pagação de pal para o estúpido e ignorante desfarçado de culto do Pedro Bial, eu nao diria melhor.

*B I S P O*

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Coincidência ou realidade rotineira do Brasil?

Acusado de abuso de autoridade e tortura a presos, o policial Avilez Moreira de Novais foi afastado hoje da chefia do Núcleo de Custódia da Polícia Federal, que funciona no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília (DF). A medida foi determinada pela Justiça Federal, por recomendação do Ministério Público Federal, que investigou as denúncias. Além de Novais, dois agentes penitenciários federais são acusados de envolvimento nos abusos e responderão com ele a processos criminal e administrativo.
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Segundo a investigação, os abusos contra detentos seriam retaliações às queixas sobre o tratamento recebido no presídio, feitas durante audiências judiciais e nas inspeções realizadas no local por membros do Ministério Público, a partir de abril de 2010. Os detentos relataram, entre outras irregularidades: agressões físicas e tortura psicológica, corte arbitrário de visitas e de banho de sol e supressão de colchões e itens de uso pessoal. Denunciaram até fornecimento de água de beber misturada de propósito com detergente, o que provocou diarreia e desidratação em vários internos.
O MP também constatou "a exposição dos presos a situações degradantes", conforme relatório entregue ao juiz Ricardo Augusto Leite, da 10ª Vara Federal. Num dos episódios relatados, os detentos foram obrigados a correr nus pelo corredor da carceragem, enquanto retornavam às suas celas após o procedimento de revista geral. A situação constrangedora podia ser visualizada no monitor do circuito fechado de TV do presídio, na área de administração da unidade.
Em outra situação, diz o relatório, "os presos foram levados para o pátio de cuecas, onde permaneceram por mais de três horas, sob o sol e calor intensos, sentados com as pernas cruzadas ou encolhidas, de cabeças baixas e algemados com as mãos para trás". Dois internos passaram mal e um deles precisou ser atendido pelo Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) e encaminhado ao Hospital Regional do Paranoá.
Conforme a denúncia do MP, o policial e os dois agentes promoveram "um verdadeiro clima de terror e pavor entre os presos e, também, entre alguns agentes penitenciários". Os crimes de abuso de autoridade e tortura preveem penas como perda do cargo, multa e prisão.


*B I S P O*

Socorro!

Calma, não é o que parece!
O pedido significa que preciso da ajuda de vocês para reforçar meus protestos. Preciso que todos aqueles que se sentiram sensibilizados com o caso - apesar de normal na realidade do brasileiro de baixa renda - estranhíssimo e absurdo, espalhem a notícia para todos que puderem e peçam para que eles façam o mesmo. Quanto mais gente ficar sabendo do ocorrido melhor. Nossa realidade é essa porque as notícias são manipuladas e tendenciosas. Exponham a verdade, ninguém deve se sentir mal ou amedrontar-se diante disso. É nosso direito, é nosso dever, é com as nossas vidas que eles estão brincando!

*B I S P O*

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Notificação à Promotora de Justiça da comarca de Tupaciguara


Só por garantia, estou disponibilizando este documento para que se torne público e possa servir como prova no futuro, se algo de errado acontecer. Ele foi entregue à promotora de justiça da cidade de Tupaciguara hoje, às 17:27 hs, horário local.

Eu, Rodrigo Freitas Bispo de Souza, cidadão brasileiro, solteiro, natural de Feira de Santana – BA, domiciliado na Rua Camilo Abdulmassih nº 294 A, centro, nesta, portador da cédula de identidade nº. MG13540020 e do CPF. Nº 06629510690, venho através desta relatar um fato ocorrido no domingo ultimo, dia 09.01.2011, e pedir orientação e proteção ao Ministério Público.
            Aos 26 de setembro do ano de 2009 eu publiquei uma matéria no jornal municipal (O Independente) denunciando o comportamento execrável de alguns oficiais integrantes da Policia Militar de Tupaciguara. Nesta matéria, que segue anexada a esta notificação, citei o apelido de um desses oficiais, a saber, cowboy. Na verdade um dos mais problemáticos deles: o senhor Eder Dias, do qual não tenho nenhum tipo de conhecimento pessoal e sei a seu respeito pouco mais do que o nome estampado em sua farda: Dias.
É do conhecimento de grande parte da sociedade local que este senhor vem, desde sempre, causando certo rebuliço na cidade com seu comportamento arrogante e sua exacerbada indiscrição e demonstração inapropriada do poder outorgado a ele pelo Estado. Quando da publicação da matéria, muitas pessoas me avisaram para que ficasse atento, pois esse sujeito tinha, já na época, grande fama de homem vingativo e “perigoso”. Pois bem, o tempo passou e nada ocorreu em retaliação ao tal texto. Nada até o já citado domingo, 09.01.2011, quando por volta das 13:00 horas dirigi-me até uma fábrica no distrito industrial a fim de fazer um serviço de ultima hora que surgira numa das empresas lá instaladas. Em certo momento, quando houve uma pausa nos trabalhos, um amigo meu e eu fomos dar uma volta para ver como estavam as obras públicas em andamento no local. Este meu amigo, chamado Gustavo Ferreira Cardoso, brasileiro, solteiro, residente à Rua Rodrigo do Vale nº 370, Tiradentes, nesta, portador da RG nº MG14344658 e do CPF nº 08985133675, é uma pessoa idônea e conhecida na cidade e pode testemunhar a qualquer momento confirmando tudo o que se passou naquela tarde.
Enquanto nos encontrávamos sentados embaixo de uma árvore conversando descontraidamente fomos abordados pelo policial contra o qual ousei rebelar-me anteriormente. Veja bem: estávamos os dois de chinelos havaianos, bermuda e camiseta, nada mais. O cidadão  - à paisana, diga-se de passagem - parou seu automóvel de maneira que evitasse nossa provável fuga. Desceu do carro deixando sua companheira no interior deste, e nisto sacou de uma arma que estivera até então guardada na parte interna da porta do automóvel. Colocou o revólver na cintura e educadamente com tom pedante perguntou se eu era o tal "levante e grite que escreveu no jornal, o famoso Rodrigo Bispo.", ao que se seguiu uma resposta afirmativa. A isso o homem respondeu dizendo-me impropérios do tipo: "eu sei onde você mora, cara. Você é louco, tem que pensar melhor antes de mexer com as pessoas. Tem muita gente louca por ai que pode estragar a sua vida e a delas". Ou "se eu tivesse te pegado na época que você escreveu aquilo tinha te quebrado".  E "eu ainda vou te pegar, cara. Quem sabe não plante uma droga no seu bolso e te leve preso?" “processo é papel, e papel eu rasgo!”.
Eu, atônito com as infames afirmações do tal policial, me resumi unicamente a responder com movimentos de cabeça e frases como: “cara, você entendeu errado, eu não quis te prejudicar, aquilo foi só uma reclamação de um cidadão insatisfeito com o serviço que os policiais vinham desenvolvendo na cidade. Não é nada pessoal. Você é uma autoridade instituída pelo Estado para cuidar de minha segurança e eu te respeito como tal.”. Entretanto, seguiram-se ainda mais ou menos 15 minutos, talvez 20, de ameaças e promessas soturnas da parte do policial. Deixando claro no fim de toda a discussão que sua intenção era me amedrontar por ter aberto a boca a seu respeito no passado e garantir que eu não voltasse a fazê-lo no futuro. E foi muito educado todo o tempo. Eu diria mesmo insolente.
             Meu amigo exibia um sorriso amarelo diante da situação. Eu o imitava e disfarçada o nervosismo sentido por estar no meio do nada com uma pessoa que declarou abertamente não gostar de mim e exibia sua linda arma gigante na  cintura.
            Ora, como todo susto que se leva, alguns segundos depois que o homem partira nós começamos a rir do acontecido devido sua peculiar absurdez. Mas algum tempo depois resolvi fazer algo a respeito. Afinal de contas, o sujeito praticamente me contou como iria colocar-me na cadeia. Resolvi então dirigir-me ao batalhão de polícia municipal quando chegasse em casa, o que aconteceu por volta das 22:00 horas. Jantei com minha mãe e, de fato, fui ate o batalhão. Chegando lá contei minha versão dos fatos e disse que queria registrar uma ocorrência por ameaça. E qual não foi minha surpresa quando um dos policiais presentes levantou-se de onde estivera sentado e esbravejou ignorantemente: "cara, foi você quem escreveu aquela merda lá no jornal né? Eu não to te ameaçando não, mas você falou mal da polícia, ninguém aqui gosta de você!". Logo após, o policial que me atendia diretamente disse-me que a polícia é como uma colméia de abelhas: se você mexer com uma, vai mexer com todas. Disse também que é claro que eu poderia proceder  ao registro da ocorrência, entretanto "isso só deixaria o cara mais nervoso comigo...e o problema iria para o fórum, o que poderia acirrar ainda mais a inimizade que seu colega de carreira sentia por mim...mas tudo seria conforme eu quisesse", e ainda enfatizou a ameaça velada com a tenebrosa frase: "ninguém morre devendo para a polícia".
 Sai de lá estourando de raiva. Não podia acreditar em tudo que acabara de acontecer comigo dentro dessa mínima terra da mãe de deus. No final de tudo, isso nem é uma denúncia. Resume-se a um simples exemplo de quem são e como agem os policiais brasileiros.
Diante do exposto acima, venho requisitar o auxílio do Ministério Público no caso, pois fui coagido por um policial de índole explosiva e imprevisível que me assegurou de que algum dia iria me pegar “fazendo algo errado, e aí então eu não teria mais sossego nem para dormir”, com suas próprias palavras. Visto que não posso contar com a proteção dos outros policiais, que ao que tudo indica, também nutrem uma certa antipatia por minha pessoa, moro sozinho e volto tarde das aulas que freqüento durante toda a semana e ao sábados, além de ter ouvido do senhor Eder que ele sabe onde eu moro e as horas em que estou ou não em casa, venho requerer alguma posição de vosso gabinete, ou de quem for competente para tal, que possa assegurar minha proteção e integridade física assim como daqueles que me são próximos. Além de frisar que como morador de Tupaciguara há mais de 13 anos nunca me encontrei envolvido com nenhum tipo de atividade ilegal, imoral ou que ofenda os costumes locais. Portanto, se após a ameaça impingida a mim pelo policial eu, de repente, venha a ser “pego” com algum tipo de entorpecente ou qualquer outra substancia ou objeto ilegal, uma séria investigação deva ser feita para demonstrar se a acusação procede ou não passa de um “implante” mal intencionado com fim único de me tirar de circulação por pura e simples implicância das autoridades locais.
Quero deixar claro também, que não assumo e nem pretendo assumir jamais qualquer posição contrária à da Polícia Militar de Tupaciguara ou da legislação em geral. E que não tenho nada contra nenhum de seus integrantes. Aquilo que fiz no passado nada mais foi senão o protesto de um cidadão, funcionário público, sensibilizado pelo momento difícil atravessado pela sociedade tupaciguarense. Entendo que com a participação da comunidade o trabalho dos policiais pode ser facilitado e até mesmo elevado a uma maior abrangência dos problemas sociais que estes devem procurar sanar. Pelo contrário, ofereço-me de livre e espontânea vontade para ajudar em qualquer situação que possa vir a ser útil para os policiais todos eles. A única coisa que desejo é ser protegido daqueles que, fazendo uso do poderio Estatal, possam vir a me prejudicar, de qualquer maneira, indevida ou discricionariamente, sejam eles quem forem. Infelizmente, dessa vez, foi um policial.
Certo de sua compreensão, aproveito a oportunidade para renovar meus protestos de estima por sua pessoa e confiança em sua competência.
O referido é verdade e dou fé.

*B I S P O*

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Rodrigo Bispo - WANTED!! Dread or alive.

Acredite se quiser, mas esta é a história de como eu me descobri sendo o Inimigo Público número um do Texas.
Ontem (domingo), por volta das 13:00 dirigi-me até uma fábrica no distrito industrial a fim de fazer um serviço de ultima hora que surgira na empresa. Num certo momento em que houve uma pausa nos trabalhos um amigo meu e eu fomos dar uma volta para ver como estão as obras públicas em andamento no local. E enquanto nos encontrávamos sentados embaixo de uma árvore conversando descontraidamente fomos abordados pelo policial contra o qual ousei rebelar-me publicando uma notícia no jornal local que continha sérias denuncias quanto ao seu comportamento na cidade. Aliás, quando a notícia foi publicada aqui na cidade também foi postada no blog na data original de 16 de setembro de 2009 sob o título "E a praça virou autódromo de soldado".
Veja bem: estávamos os dois de chinelos havaianos, bermuda e camiseta, nada mais. O cidadão  - à paisana, diga-se de passagem - parou seu automóvel de maneira que evitasse nossa provável fuga. Desceu do carro deixando sua companheira em seu interior, e nisto sacou de uma arma que estivera até então guardada na parte interna da porta do automóvel. Colocou o revólver na cintura e educadamente em tom pedante perguntou se eu era o tal "levante e grite que escreveu no jornal, o famoso Rodrigo Bispo.", ao que se seguiu uma resposta afirmativa. A isso o homem respondeu dizendo-me impropérios do tipo: "eu sei onde você mora, cara. Você é louco, tem que pensar melhor antes de mexer com as pessoas. Tem muita gente louca por ai que pode estragar a seu vida e a delas". Ou "se eu tivesse te pegado na época que você escreveu aquilo tinha te quebrado".  E "eu ainda vou te pegar, cara. Quem sabe não plante uma droga no seu bolso e te leve preso?".
A conversa durou 15 minutos, talvez 20, não mais que isso. Entretanto ficou claro que a intenção do tal policial era me amedrontar por ter aberto a boca a seu respeito no passado e garantir que eu não volte a fazê-lo no futuro. E foi muito educado todo o tempo. Eu diria mesmo insolente.
Meu amigo exibia um sorriso amarelo diante da situação. Eu o imitava e disfarçada o nervosismo sentido por estar no meio do nada com um cara que declarou abertamente não gostar de mim que exibia sua linda arma gigante na  cintura.
Ora, como todo susto que a gente leva, alguns segundos depois que o homem partira nós começamos a rir do acontecido devido sua peculiar absurdez. Mas algum tempo depois resolvi fazer algo a respeito. Afinal de contas, o sujeito praticamente me contou como iria colocar-me na cadeia. Resolvi então dirigir-me ao batalhão de polícia municipal quando chegasse em casa, o que aconteceu por volta das 22:00 horas. Jantei com minha mãe e, de fato, fui ate o batalhão. Chegando lá contei minha versão dos fatos e disse que queria registrar uma ocorrência por ameaça. E qual não foi minha surpresa quando um dos policiais presentes levantou-se de onde estivera sentado e esbravejou ignorantemente: "cara, foi você quem escreveu aquela merda lá no jornal ne? Eu não to te ameaçando não, mas você falou mal da polícia, ninguém aqui gosta de você!". Logo após, o policial que me atendia diretamente disse-me que a polícia é como uma colméia de abelhas: se você mexer com uma, vai mexer com todas. Disse também que é claro que eu poderia proceder  ao registro da ocorrência, entretanto "isso só deixaria o cara mais nervoso comigo...e o problema iria para o forum, o que poderia acarretar sérias consequências...mas tudo seria conforme eu quisesse", e ainda enfatizou a ameaça velada com a tenebrosa frase: "ninguém morre devendo para a polícia". Caramba...sai de lá estourando de raiva. Não podia acreditar em tudo que acabara de acontecer comigo dentro dessa mínima terra da mãe de deus. É essa a recompensa de quem resiste ao Sistema. O "empuxo" não te deixa permanecer por muito tempo em seu seio, logo logo ele te expurga para suas margens mórbidas impregnadas de criminosos de verdade: as delegacias, para em seguida se certificar de te aniquilar por completo, fazendo-te cativo ou privando-te do imenso fardo de seguir vivendo.
No final de tudo, isso nem é uma denúncia. Resume-se a um simples exemplo de quem são e como agem os policiais brasileiros. Os nossos "heróis" tupiniquins.
E para não dizer que a vida não imita a arte, irei encerrar este desabafo citando parte da letra de uma música do Rapa que diz: "era só mais uma dura, resquício de ditadura. Mostrando a mentalidade de quem se sente autoridade nesse tribunal de rua". Qualquer semelhança com a realidade NÃO é mera coincidência.
Servir e proteger...servir a quem? Proteger de quê?



*B I S P O*