sábado, 20 de novembro de 2010

A Morte ronda o Haiti

O horror humano no Haiti - com corpos de crianças abandonados nas ruas de Cap-Haitien, hospitais apinhados de pacientes com diarreia crônica, e cadáveres desidratados sendo transportados em carrinhos de mão - não terminará enquanto a comunidade internacional mantiver a mesma abordagem no combate à epidemia de cólera que já matou 1.186 e deixou 49.418 mil infectados em um mês.
O alerta - o mais contundente desde o início da nova crise - foi feito ontem ao Estado pelo chefe dos Médicos Sem Fronteiras (MSF) no Haiti, o italiano Stefano Zannini, num tom de desabafo e frustração. A ONG diz que responde por 85% de todos os atendimentos de casos de cólera no país. "Esta é a 'república das ONGs', o mundo inteiro está aqui e como pode? Como é possível que, quatro semanas depois do início da epidemia, nós (o MSF) ainda estejamos com todo o sistema médico nas costas? Onde estão todos os outros?"
Zannini diz que nenhuma das medidas para conter a epidemia é de caráter médico. Elas dependem de lavar as mãos, ter água potável, dar um destino adequado aos cadáveres e às fezes humanas. "Ora, nada disso é caro nem depende de médicos. Onde está a ajuda internacional?", questionou. Um dos maiores problemas para conter a propagação da cólera é a falta de cuidados básicos de higiene, o que poderia ser combatido com programas relativamente simples, como a distribuição de sabão.
Estima-se que 76% dos haitianos vivam com menos de US$ 3 por dia e 50% tenham menos de US$ 1 por dia. Uma barra de sabão custa, em períodos normais, US$ 0,50 na maioria dos mercados haitianos e, para muitas famílias, lavar as mãos virou um dilema potencialmente fatal entre usar o pouco dinheiro para comprar sabão ou para comprar comida.
Na quarta-feira, o MSF havia lançado um alerta sobre o esgotamento físico e emocional de suas equipes. "A carga de trabalho é estressante. Não é fácil trabalhar com o cheiro, o barulho e a pressão de tantos doentes. Estamos trabalhando 24 horas por dia. Estamos sobrecarregados", disse Zannini.

*B I S P O*

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

OAB vai investigar advogado de Bruno viciado em crack

A Comissão de Ética da seção mineira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG) instaurou um procedimento para apurar a conduta do advogado Ércio Quaresma, que representa o goleiro Bruno Fernandes de Souza, acusado de ser o mandante do desaparecimento e já considerada morte da ex-amante Eliza Samudio. Conhecido pelas atitudes polêmicas, o advogado poderá ser suspenso preventivamente pela OAB, o que o impediria de continuar à frente do caso.
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Ele aparece em um vídeo da TV Alterosa - afiliada do SBT em Belo Horizonte - fumando crack, supostamente em uma boca de fumo localizada na região noroeste da capital mineira. Ciente da gravação, Quaresma se antecipou à veiculação do vídeo e admitiu em entrevista à emissora que é dependente da droga e luta há oito anos contra o vício.
Desde o início das investigações envolvendo o desaparecimento da ex-amante do goleiro foram abertos quatro procedimentos disciplinares contra o advogado na OAB. A conduta de Quaresma tem causado constrangimento na seção mineira da ordem.
A entidade requisitou o vídeo em que ele aparece consumindo crack. "A OAB está estudando a aplicação ou não de uma medida preventiva para a suspensão dele até que os processos sejam julgados. A turma do Tribunal de Ética vai julgar se é o caso ou não de suspensão", disse hoje o presidente da entidade, Luís Cláudio da Silva Chaves, ao alegar que a medida busca "preservar os clientes" do advogado. "A gente lamenta, uma droga grave dessas."
A OAB, disse Chaves, pretende realizar um rito célere depois que o defensor de Bruno for notificado. Hoje, a reportagem procurou Quaresma, mas a informação em seu escritório era que ele estava em viagem. Na semana passada, durante audiência de instrução com depoimentos dos réus, o advogado disse a interlocutores que já esperava pela divulgação do vídeo. A gravação estaria sendo oferecida a emissoras de TV e jornais.
Prisão
No ano passado, Quaresma chegou a ser preso com pedras de crack escondidas na boca em uma favela de Belo Horizonte. Na entrevista à emissora mineira, ele contou que há um ano e meio buscou ajuda profissional especializada para se livrar do vício, mas nesse período teve três recaídas.
Ex-policial na década de 1980, o advogado de 46 anos chegou a concorrer como candidato ao governo de Minas Gerais em 1994 e gosta de contar que trabalhou em outros casos de repercussão nacional - o assassinato da missionária norte-americana Dorothy Stang e massacre de 19 sem-terra em Eldorado dos Carajás, ambos no Pará.


*B I S P O*

Tiririca não precisará mais provar que sabe ler e escrever

Segundo a Folha de S. Paulo, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo negou os dois mandados de segurança do Ministério Público que pediam uma liminar para que o deputado eleito fosse submetido a novas provas.
De acordo com a Folha, o relator do processo, juiz Flávio Yashell, decidiu submeter a decisão a todo o plenário da corte e a decisão foi unânime.
Assim, encerrada a fase de coleta de provas, o juiz de primeira instância que analisa o caso deve proferir a sua sentença na próxima semana. É o juiz quem vai decidir se Tiririca cometeu ou não o crime de falsidade ideológica ao declarar que sabia escrever. A polêmica surgiu após uma reportagem da revista Época, que apontava Tiririca como analfabeto. Ele teria forjado a declaração ao TRE em que dizia saber ler e escrever, atributos básicos para que uma pessoa possa concorrer a um cargo eletivo no Brasil.
Os pedidos para o novo teste foram feitos pelo promotor Maurício Antonio Lopes. A Corregedoria do Ministério Público de São Paulo abriu uma investigação para apurar eventuais excessos do promotor.
No teste que fez na semana passada, Tiririca teve de redigir um ditado e ler notícias de um jornal. Segundo o promotor Lopes, ele não acertou nem 30% da avaliação. Mas para o TRE, Tiririca passou no teste.

*B I S P O*

domingo, 14 de novembro de 2010

Fidel Castro revela a verdade sobre o G20.

O ex-presidente de Cuba Fidel Castro classificou a cúpula do G20 realizada em Seul como uma "colossal panela de grilos" (metáfora para confusão) e definiu o Grupo dos Vinte como "embrião do poderoso império e de seus aliados mais ricos" em um novo artigo publicado neste sábado na ilha.
Na última de suas "Reflexões", o líder cubano questiona a representatividade de encontros como o G20 e o Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec) iniciado neste sábado, ao lembrar que o mundo não é formado só pelos países que participam desses eventos.
"Os 187 que votaram (na ONU, em 26 de outubro) a favor de eliminar o bloqueio a Cuba contra os dois que votaram por mantê-lo e os três que se abstiveram, somam 192. Para 160 deles, não existe tribuna alguma onde possam falar uma palavra sequer sobre o saque imperial a seus recursos e seus problemas econômicas urgentes", afirma Fidel.
O ex-presidente cubano aproveita o artigo para comentar a crise econômica nos Estados Unidos e assinala que, ao contrário de outros momentos de sua história, as medidas adotadas para atenuá-la "não conseguiram retomar o ritmo normal".
No texto, Fidel adverte que, enquanto são realizados os grandes fóruns econômicos como o G20 e a Apec, o Haiti vive uma dramática situação pelo avanço da epidemia de cólera, meses depois do devastador terremoto que causou a morte de 300 mil pessoas.
"Da epidemia de cólera, uma doença que já afetou muitos países da América do Sul durante anos e que pode se estender pelo Caribe e outras partes de nosso hemisfério, não se diz uma palavra", reprova o líder cubano.
Fidel Castro, de 84 anos, comenta assuntos internacionais com frequência em suas "Reflexões", uma série de artigos que começou a escrever após passar a Presidência de Cuba para seu irmão Raúl em 2006, por conta de uma doença grave.

 notícia original
*B I S P O*

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Inep é culpado dos erros nas provas do ENEM 2010

O edital de contratação da gráfica que imprimiu o Enem 2010 mostra que o Ministério da Educação é o responsável direto pela aprovação das matrizes das provas que foram impressas e entregues aos estudantes na aplicação dos exames no final de semana. Segundo o texto do edital, coube ao MEC, por meio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), entregar à gráfica a arte final para a impressão e indicar servidores públicos federais para checar, pessoalmente, as provas pré-impressas e, depois, a impressão final.
É isso que está escrito em um dos artigos do edital: "O procedimento de pré-impressão e aprovação das provas impressas ocorrerá em até 15 (quinze) dias úteis após o recebimento da Ordem de Serviço e dos meios magnéticos/ópticos, e se dará com a presença física de servidores do Inep, previamente designados para este fim, durante todo o tempo de produção das provas, e deverá ser feito em equipamento dedicado, exclusivo para tal fim, envolvendo computadores e equipamentos de impressão".
No sábado, o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), José Joaquim Soares Neto, tentou diminuir a responsabilidade do governo na troca do cabeçalho do cartão-resposta entregue aos estudantes, episódio que causou confusão e revolta entre os estudantes. "O Inep não tinha as provas. As provas são impressas na gráfica em regime de total sigilo", disse Soares Neto. Ele admitiu, porém, que houve alguma "falha" nas "revisões".
O edital exige que a gráfica trabalhe em total sigilo na montagem das provas, mas nada deveria ser definitivamente impresso sem a revisão final dos técnicos do Inep. O edital diz que o sigilo da impressão deve ser imposto por meio de "segregação visual com mecanismo que impossibilite a verificação do conteúdo das provas através de barreira física".
O Inep também foi o responsável pela entrega à gráfica dos arquivos com o conteúdo das questões do Enem: "Por se tratar de processo de impressão sigilosa, o Inep entregará juntamente com a Ordem de Serviço à empresa Contratada, por intermédio de equipe de servidores públicos federais devidamente credenciados e identificados, os meios magnéticos/ópticos com arquivos criptografados, em alta definição, com marcas de corte (sangria), contendo a arte final necessária para a produção gráfica de cada um dos materiais especificados neste Termo de Referência". A senha para abrir os arquivos só foi entregue em uma etapa posterior e por outro grupo de funcionários do Inep.
Num processo de licitação conturbado, a RR Donnelley venceu e ficou responsável pelo serviço, a um custo de R$ 68,8 milhões. "Após a produção e aprovação das provas impressas, todos os arquivos eletrônicos deverão ser apagados das memórias dos equipamentos, bem como todas as provas impressas devolvidas aos servidores representantes do Inep para destruição ou guarda em local seguro e apropriado, devidamente lacrado e controlado", afirma o edital que a contratou.

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*B I S P O*

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Califórnia vota contra a legalização da maconha

Eleitores da Califórnia rejeitaram através de uma votação na terça-feira a possibilidade de o estado se tornar o primeiro dos Estados Unidos a legalizar a maconha para o uso recreativo.
O país voltou sua atenção à votação da chamada Proposta 19 pois a legalização da droga deixaria a Califórnia em desacordo com as leis federais, e o governo do presidente Barack Obama já havia garantido que continuaria a processar pessoas no Estado por porte e cultivo de maconha.


Uma medida dissidente da Califórnia também poderia inspirar outros Estados, como ocorreu no uso medicinal da maconha.
Em 1996, a Califórnia liderou a nação com um referendo aprovando o uso da maconha para fins medicinais e outros 13 Estados acabaram aprovando a medida.
A aprovação da Proposta 19 também teria um impacto financeiro, pois abriria caminho para que os governos locais regulamentassem os "negócios" ligados à maconha, incluindo o cultivo comercial e a cobrança de impostos.
Defensores da legalização argumentavam que o fim da criminalização do porte de maconha liberaria recursos destinados à polícia e ao sistema judiciário, e seria um golpe aos cartéis de drogas, como ocorreu quando a proibição do álcool nos anos 1930 foi anulada, derrubando o comércio ilegal da bebida pelo crime organizado.
Grupos que apoiam a medida também pediram que eleitores considerassem a receita gerada pelo comércio da maconha, estimando 14 bilhões de dólares em vendas anuais ao Estado, receita que poderia ser tributada, especialmente no momento em que a Califórnia vive um profundo déficit orçamentário.
Mas com quase metade dos votos apurados, 56 por cento dos californianos votaram "não" e 44 por cento, "sim".

Notícia original

* B I S P O *