sábado, 29 de janeiro de 2011

Lobão expondo a verdade sobre o rádio brasileiro e seus monstros

É pessoal, esse é o fim de semana da língua solta, e tem gente de peso botando pra foder. Dessa vez é o Lobão quem chega de "voadora" na realidade musical do brasileiro. Por favor, vejam isto:


Tem até declaração de que o tal viado Luan Santana é uma PORCARIA! Colocou o rock no lugar que a ele pertence - assim como os "babacas que dão a bunda pra serem roqueiros mas fazem sertanojo universitário ",  e o Brasil nega.

*B I S P O*

Minha noite perdida com o Big Brother Brasil

Normalmente eu não gastaria um so caractere pra falar desse lixo putrefato conhecido como big bost...digo, Big Brother, mas como o que o Regis disse bate pereitamente com minha opinião acerca do tal programa, decidi publicar isso aqui também, porque merece ser lido.

Publicado por: Regis Tadeu, especial para o Yahoo!, em 26/01/2011 - 14h54 
 
“Se você não fizer isto, vamos trancá-lo em uma sala aqui no prédio e você será obrigado a ouvir todos os discos do Julio Iglesias ininterruptamente durante 90 dias, e alimentado apenas com bolachas recheadas com morango e suco de caju”. Foi exatamente desta forma amistosa e sutil que o pessoal do Yahoo! me convenceu a fazer algo inédito em minha vida: assistir a um capítulo de uma edição do Big Brother Brasil.

Sim, desde a primeira edição deste troço eu dizia com orgulho típico dos grandes patriotas do passado – como Churchill, Eisenhower, Thomas Jefferson e Dario “Dadá Maravilha Peito de Aço” - que jamais havia parado para assistir a um minuto sequer deste reality show. Claro que eu sabia da existência de alguns de seus participantes, seja por intermédio de pessoas amigas que tentavam comentar comigo a respeito do que acontecia na tal casa, seja pelo fato de algumas figuras oriundas de lá terem tentado a carreira artística e se dado mal. Quem não se lembra do tal de Ban Ban, um sujeito que parecia ter um queijo gorgonzola no lugar do cérebro e que tentou emplacar como comediante e como cantor de “funk carioca”, falhando miseravelmente em ambas as tentativas? E do tal de “Alemão”, rapidamente aposentado depois de uma efêmera tentativa em se tornar repórter?

Pois bem, aceitando o “gentil convite” do Yahoo!, lá fui na última terça-feira sentar em meu confortável e aconchegante sofá, armado com uma garrafa de Jack Daniel’s, uma garrafa de Coca-Cola, um balde com gelo e uns petiscos saborosos para assistir finalmente a um capítulo deste troço.

Logo de cara, fiquei sabendo que era noite de “paredão”, ou seja, um dos meliantes... ahn... quero dizer, participantes... seria eliminado. Os dois candidatos colocados em votação eram um tal de Diogo – um brutamonte que posa de sensível, mas que precisa cortar um abacate para saber quantos caroços existem lá dentro - e um tal de Maurício, um autointitulado “músico” que, ao rir, parecia ter 649 dentes na boca. O eliminado foi o "Sr. sorriso”, que foi inexplicavelmente ovacionado pelos outros integrantes da casa e saudado como herói do lado de fora. Ué, o cara foi eliminado e tratado como vencedor e “rei da cocada preta”? Que raio de jogo é este?

Uma tal de Natália começou então a chorar depois que o “Sr. cheio de dentes” foi botado para fora. Ué, se é uma competição, por que esta menina ficou com cara de quem acabou de enterrar um parente? Fico sabendo que foi ela quem colocou o tal sujeito no “paredón”. Mas... E daí? O mais incrível é que ela caiu aos prantos quando uma tal de Paula disse que ela era “séria e fechada”. Pô, chorar por causa disto é o fim da picada. Se ela então recebesse as mensagens que alguns leitores costumam enviar aqui para o Yahoo! em relação a mim e aos meus textos, ela cortaria os pulsos com uma serra elétrica!

Agora, a cena mais patética deste verdadeiro antro de estupidez aconteceu quando o tal Diogo, que havia concorrido com o “Sr. boca aberta” no paredão, ficou tão emocionado que, além de chorar como um bebê sem a sua mamadeira, ficou ajoelhado no jardim e repetia “eu te amo, Mau Mau” como se fosse um mantra. Ora, ou isto foi uma tremenda declaração de amor gay ou uma inacreditável demonstração de cara de pau por parte do tal zé mané, em um evidente “jogo para a galera”, para que todos se sintam comovidos e solidários em sua tristeza de plástico. Patético!

Para piorar, foram mostrados os... ahn... “melhores momentos” dos capítulos anteriores, que se resumiram a uma inacreditável “Festa do Vampiro”, com todos os participantes vestidos como se estivessem em uma espécie de “festa gótica do ridículo”. Por incrível que pareça, nada aconteceu a não ser as “periguetes” fazendo jus aos seus papeis e os “zé manés” fingindo que não estavam nem aí até o momento em que a cachaça bateu na cabeça, quando então passaram a olhar as meninas com a ansiedade típica que a gente vê em atuns defumados.

Um capítulo à parte é o Pedro Bial, um sujeito evidentemente culto, mas que age no programa como se fosse uma espécie de animador de bingo de fundo de quintal. Fiquei impressionado como ele, mesmo nos momentos mais animados, mostra uma disfarçada ironia ao falar com os participantes e com o público, buscando esconder o evidente desejo de estar muito longe dali e, ao mesmo tempo, tendo a consciência de que está falando com idiotas, sejam aqueles que estão dentro da tela ou em suas casas.

Quando acabou o programa, a única coisa que consegui fazer foi repetir as clássicas palavras do Coronel Klutz, interpretado pelo genial Marlon Brando, no filme Apocalypse Now: “o horror... o horror... o horror...”. Tratei de beber e comer o que restou em cima da mesa, certo de que havia desperdiçado preciosos minutos de minha existência assistindo a um bando de mentecaptos se portando como se estivessem em uma colônia de férias cuja grande atração é um curso de “auto-ajuda do nada”, ministrado por um dos seres mais asquerosos do planeta – um tal de Boninho, um sujeito que dirige o programa e que se vangloria de jogar ovos do alto de sua luxuosa cobertura nas pessoas que passam na rua. Bem, o que se poderia esperar de um sujeito destes?

Por fim, antes de dormir, fiquei com uma pergunta martelando na cabeça: “por que as pessoas assistem a este troço?”

*Regis Tadeu normalmente é colunista de música do Yahoo!. Foi convidado para falar de BBB 11 e, acredite, aceitou.

Bom, resta-me dizer que se não fosse pela pagação de pal para o estúpido e ignorante desfarçado de culto do Pedro Bial, eu nao diria melhor.

*B I S P O*

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Coincidência ou realidade rotineira do Brasil?

Acusado de abuso de autoridade e tortura a presos, o policial Avilez Moreira de Novais foi afastado hoje da chefia do Núcleo de Custódia da Polícia Federal, que funciona no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília (DF). A medida foi determinada pela Justiça Federal, por recomendação do Ministério Público Federal, que investigou as denúncias. Além de Novais, dois agentes penitenciários federais são acusados de envolvimento nos abusos e responderão com ele a processos criminal e administrativo.
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Segundo a investigação, os abusos contra detentos seriam retaliações às queixas sobre o tratamento recebido no presídio, feitas durante audiências judiciais e nas inspeções realizadas no local por membros do Ministério Público, a partir de abril de 2010. Os detentos relataram, entre outras irregularidades: agressões físicas e tortura psicológica, corte arbitrário de visitas e de banho de sol e supressão de colchões e itens de uso pessoal. Denunciaram até fornecimento de água de beber misturada de propósito com detergente, o que provocou diarreia e desidratação em vários internos.
O MP também constatou "a exposição dos presos a situações degradantes", conforme relatório entregue ao juiz Ricardo Augusto Leite, da 10ª Vara Federal. Num dos episódios relatados, os detentos foram obrigados a correr nus pelo corredor da carceragem, enquanto retornavam às suas celas após o procedimento de revista geral. A situação constrangedora podia ser visualizada no monitor do circuito fechado de TV do presídio, na área de administração da unidade.
Em outra situação, diz o relatório, "os presos foram levados para o pátio de cuecas, onde permaneceram por mais de três horas, sob o sol e calor intensos, sentados com as pernas cruzadas ou encolhidas, de cabeças baixas e algemados com as mãos para trás". Dois internos passaram mal e um deles precisou ser atendido pelo Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) e encaminhado ao Hospital Regional do Paranoá.
Conforme a denúncia do MP, o policial e os dois agentes promoveram "um verdadeiro clima de terror e pavor entre os presos e, também, entre alguns agentes penitenciários". Os crimes de abuso de autoridade e tortura preveem penas como perda do cargo, multa e prisão.


*B I S P O*

Socorro!

Calma, não é o que parece!
O pedido significa que preciso da ajuda de vocês para reforçar meus protestos. Preciso que todos aqueles que se sentiram sensibilizados com o caso - apesar de normal na realidade do brasileiro de baixa renda - estranhíssimo e absurdo, espalhem a notícia para todos que puderem e peçam para que eles façam o mesmo. Quanto mais gente ficar sabendo do ocorrido melhor. Nossa realidade é essa porque as notícias são manipuladas e tendenciosas. Exponham a verdade, ninguém deve se sentir mal ou amedrontar-se diante disso. É nosso direito, é nosso dever, é com as nossas vidas que eles estão brincando!

*B I S P O*

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Notificação à Promotora de Justiça da comarca de Tupaciguara


Só por garantia, estou disponibilizando este documento para que se torne público e possa servir como prova no futuro, se algo de errado acontecer. Ele foi entregue à promotora de justiça da cidade de Tupaciguara hoje, às 17:27 hs, horário local.

Eu, Rodrigo Freitas Bispo de Souza, cidadão brasileiro, solteiro, natural de Feira de Santana – BA, domiciliado na Rua Camilo Abdulmassih nº 294 A, centro, nesta, portador da cédula de identidade nº. MG13540020 e do CPF. Nº 06629510690, venho através desta relatar um fato ocorrido no domingo ultimo, dia 09.01.2011, e pedir orientação e proteção ao Ministério Público.
            Aos 26 de setembro do ano de 2009 eu publiquei uma matéria no jornal municipal (O Independente) denunciando o comportamento execrável de alguns oficiais integrantes da Policia Militar de Tupaciguara. Nesta matéria, que segue anexada a esta notificação, citei o apelido de um desses oficiais, a saber, cowboy. Na verdade um dos mais problemáticos deles: o senhor Eder Dias, do qual não tenho nenhum tipo de conhecimento pessoal e sei a seu respeito pouco mais do que o nome estampado em sua farda: Dias.
É do conhecimento de grande parte da sociedade local que este senhor vem, desde sempre, causando certo rebuliço na cidade com seu comportamento arrogante e sua exacerbada indiscrição e demonstração inapropriada do poder outorgado a ele pelo Estado. Quando da publicação da matéria, muitas pessoas me avisaram para que ficasse atento, pois esse sujeito tinha, já na época, grande fama de homem vingativo e “perigoso”. Pois bem, o tempo passou e nada ocorreu em retaliação ao tal texto. Nada até o já citado domingo, 09.01.2011, quando por volta das 13:00 horas dirigi-me até uma fábrica no distrito industrial a fim de fazer um serviço de ultima hora que surgira numa das empresas lá instaladas. Em certo momento, quando houve uma pausa nos trabalhos, um amigo meu e eu fomos dar uma volta para ver como estavam as obras públicas em andamento no local. Este meu amigo, chamado Gustavo Ferreira Cardoso, brasileiro, solteiro, residente à Rua Rodrigo do Vale nº 370, Tiradentes, nesta, portador da RG nº MG14344658 e do CPF nº 08985133675, é uma pessoa idônea e conhecida na cidade e pode testemunhar a qualquer momento confirmando tudo o que se passou naquela tarde.
Enquanto nos encontrávamos sentados embaixo de uma árvore conversando descontraidamente fomos abordados pelo policial contra o qual ousei rebelar-me anteriormente. Veja bem: estávamos os dois de chinelos havaianos, bermuda e camiseta, nada mais. O cidadão  - à paisana, diga-se de passagem - parou seu automóvel de maneira que evitasse nossa provável fuga. Desceu do carro deixando sua companheira no interior deste, e nisto sacou de uma arma que estivera até então guardada na parte interna da porta do automóvel. Colocou o revólver na cintura e educadamente com tom pedante perguntou se eu era o tal "levante e grite que escreveu no jornal, o famoso Rodrigo Bispo.", ao que se seguiu uma resposta afirmativa. A isso o homem respondeu dizendo-me impropérios do tipo: "eu sei onde você mora, cara. Você é louco, tem que pensar melhor antes de mexer com as pessoas. Tem muita gente louca por ai que pode estragar a sua vida e a delas". Ou "se eu tivesse te pegado na época que você escreveu aquilo tinha te quebrado".  E "eu ainda vou te pegar, cara. Quem sabe não plante uma droga no seu bolso e te leve preso?" “processo é papel, e papel eu rasgo!”.
Eu, atônito com as infames afirmações do tal policial, me resumi unicamente a responder com movimentos de cabeça e frases como: “cara, você entendeu errado, eu não quis te prejudicar, aquilo foi só uma reclamação de um cidadão insatisfeito com o serviço que os policiais vinham desenvolvendo na cidade. Não é nada pessoal. Você é uma autoridade instituída pelo Estado para cuidar de minha segurança e eu te respeito como tal.”. Entretanto, seguiram-se ainda mais ou menos 15 minutos, talvez 20, de ameaças e promessas soturnas da parte do policial. Deixando claro no fim de toda a discussão que sua intenção era me amedrontar por ter aberto a boca a seu respeito no passado e garantir que eu não voltasse a fazê-lo no futuro. E foi muito educado todo o tempo. Eu diria mesmo insolente.
             Meu amigo exibia um sorriso amarelo diante da situação. Eu o imitava e disfarçada o nervosismo sentido por estar no meio do nada com uma pessoa que declarou abertamente não gostar de mim e exibia sua linda arma gigante na  cintura.
            Ora, como todo susto que se leva, alguns segundos depois que o homem partira nós começamos a rir do acontecido devido sua peculiar absurdez. Mas algum tempo depois resolvi fazer algo a respeito. Afinal de contas, o sujeito praticamente me contou como iria colocar-me na cadeia. Resolvi então dirigir-me ao batalhão de polícia municipal quando chegasse em casa, o que aconteceu por volta das 22:00 horas. Jantei com minha mãe e, de fato, fui ate o batalhão. Chegando lá contei minha versão dos fatos e disse que queria registrar uma ocorrência por ameaça. E qual não foi minha surpresa quando um dos policiais presentes levantou-se de onde estivera sentado e esbravejou ignorantemente: "cara, foi você quem escreveu aquela merda lá no jornal né? Eu não to te ameaçando não, mas você falou mal da polícia, ninguém aqui gosta de você!". Logo após, o policial que me atendia diretamente disse-me que a polícia é como uma colméia de abelhas: se você mexer com uma, vai mexer com todas. Disse também que é claro que eu poderia proceder  ao registro da ocorrência, entretanto "isso só deixaria o cara mais nervoso comigo...e o problema iria para o fórum, o que poderia acirrar ainda mais a inimizade que seu colega de carreira sentia por mim...mas tudo seria conforme eu quisesse", e ainda enfatizou a ameaça velada com a tenebrosa frase: "ninguém morre devendo para a polícia".
 Sai de lá estourando de raiva. Não podia acreditar em tudo que acabara de acontecer comigo dentro dessa mínima terra da mãe de deus. No final de tudo, isso nem é uma denúncia. Resume-se a um simples exemplo de quem são e como agem os policiais brasileiros.
Diante do exposto acima, venho requisitar o auxílio do Ministério Público no caso, pois fui coagido por um policial de índole explosiva e imprevisível que me assegurou de que algum dia iria me pegar “fazendo algo errado, e aí então eu não teria mais sossego nem para dormir”, com suas próprias palavras. Visto que não posso contar com a proteção dos outros policiais, que ao que tudo indica, também nutrem uma certa antipatia por minha pessoa, moro sozinho e volto tarde das aulas que freqüento durante toda a semana e ao sábados, além de ter ouvido do senhor Eder que ele sabe onde eu moro e as horas em que estou ou não em casa, venho requerer alguma posição de vosso gabinete, ou de quem for competente para tal, que possa assegurar minha proteção e integridade física assim como daqueles que me são próximos. Além de frisar que como morador de Tupaciguara há mais de 13 anos nunca me encontrei envolvido com nenhum tipo de atividade ilegal, imoral ou que ofenda os costumes locais. Portanto, se após a ameaça impingida a mim pelo policial eu, de repente, venha a ser “pego” com algum tipo de entorpecente ou qualquer outra substancia ou objeto ilegal, uma séria investigação deva ser feita para demonstrar se a acusação procede ou não passa de um “implante” mal intencionado com fim único de me tirar de circulação por pura e simples implicância das autoridades locais.
Quero deixar claro também, que não assumo e nem pretendo assumir jamais qualquer posição contrária à da Polícia Militar de Tupaciguara ou da legislação em geral. E que não tenho nada contra nenhum de seus integrantes. Aquilo que fiz no passado nada mais foi senão o protesto de um cidadão, funcionário público, sensibilizado pelo momento difícil atravessado pela sociedade tupaciguarense. Entendo que com a participação da comunidade o trabalho dos policiais pode ser facilitado e até mesmo elevado a uma maior abrangência dos problemas sociais que estes devem procurar sanar. Pelo contrário, ofereço-me de livre e espontânea vontade para ajudar em qualquer situação que possa vir a ser útil para os policiais todos eles. A única coisa que desejo é ser protegido daqueles que, fazendo uso do poderio Estatal, possam vir a me prejudicar, de qualquer maneira, indevida ou discricionariamente, sejam eles quem forem. Infelizmente, dessa vez, foi um policial.
Certo de sua compreensão, aproveito a oportunidade para renovar meus protestos de estima por sua pessoa e confiança em sua competência.
O referido é verdade e dou fé.

*B I S P O*

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Rodrigo Bispo - WANTED!! Dread or alive.

Acredite se quiser, mas esta é a história de como eu me descobri sendo o Inimigo Público número um do Texas.
Ontem (domingo), por volta das 13:00 dirigi-me até uma fábrica no distrito industrial a fim de fazer um serviço de ultima hora que surgira na empresa. Num certo momento em que houve uma pausa nos trabalhos um amigo meu e eu fomos dar uma volta para ver como estão as obras públicas em andamento no local. E enquanto nos encontrávamos sentados embaixo de uma árvore conversando descontraidamente fomos abordados pelo policial contra o qual ousei rebelar-me publicando uma notícia no jornal local que continha sérias denuncias quanto ao seu comportamento na cidade. Aliás, quando a notícia foi publicada aqui na cidade também foi postada no blog na data original de 16 de setembro de 2009 sob o título "E a praça virou autódromo de soldado".
Veja bem: estávamos os dois de chinelos havaianos, bermuda e camiseta, nada mais. O cidadão  - à paisana, diga-se de passagem - parou seu automóvel de maneira que evitasse nossa provável fuga. Desceu do carro deixando sua companheira em seu interior, e nisto sacou de uma arma que estivera até então guardada na parte interna da porta do automóvel. Colocou o revólver na cintura e educadamente em tom pedante perguntou se eu era o tal "levante e grite que escreveu no jornal, o famoso Rodrigo Bispo.", ao que se seguiu uma resposta afirmativa. A isso o homem respondeu dizendo-me impropérios do tipo: "eu sei onde você mora, cara. Você é louco, tem que pensar melhor antes de mexer com as pessoas. Tem muita gente louca por ai que pode estragar a seu vida e a delas". Ou "se eu tivesse te pegado na época que você escreveu aquilo tinha te quebrado".  E "eu ainda vou te pegar, cara. Quem sabe não plante uma droga no seu bolso e te leve preso?".
A conversa durou 15 minutos, talvez 20, não mais que isso. Entretanto ficou claro que a intenção do tal policial era me amedrontar por ter aberto a boca a seu respeito no passado e garantir que eu não volte a fazê-lo no futuro. E foi muito educado todo o tempo. Eu diria mesmo insolente.
Meu amigo exibia um sorriso amarelo diante da situação. Eu o imitava e disfarçada o nervosismo sentido por estar no meio do nada com um cara que declarou abertamente não gostar de mim que exibia sua linda arma gigante na  cintura.
Ora, como todo susto que a gente leva, alguns segundos depois que o homem partira nós começamos a rir do acontecido devido sua peculiar absurdez. Mas algum tempo depois resolvi fazer algo a respeito. Afinal de contas, o sujeito praticamente me contou como iria colocar-me na cadeia. Resolvi então dirigir-me ao batalhão de polícia municipal quando chegasse em casa, o que aconteceu por volta das 22:00 horas. Jantei com minha mãe e, de fato, fui ate o batalhão. Chegando lá contei minha versão dos fatos e disse que queria registrar uma ocorrência por ameaça. E qual não foi minha surpresa quando um dos policiais presentes levantou-se de onde estivera sentado e esbravejou ignorantemente: "cara, foi você quem escreveu aquela merda lá no jornal ne? Eu não to te ameaçando não, mas você falou mal da polícia, ninguém aqui gosta de você!". Logo após, o policial que me atendia diretamente disse-me que a polícia é como uma colméia de abelhas: se você mexer com uma, vai mexer com todas. Disse também que é claro que eu poderia proceder  ao registro da ocorrência, entretanto "isso só deixaria o cara mais nervoso comigo...e o problema iria para o forum, o que poderia acarretar sérias consequências...mas tudo seria conforme eu quisesse", e ainda enfatizou a ameaça velada com a tenebrosa frase: "ninguém morre devendo para a polícia". Caramba...sai de lá estourando de raiva. Não podia acreditar em tudo que acabara de acontecer comigo dentro dessa mínima terra da mãe de deus. É essa a recompensa de quem resiste ao Sistema. O "empuxo" não te deixa permanecer por muito tempo em seu seio, logo logo ele te expurga para suas margens mórbidas impregnadas de criminosos de verdade: as delegacias, para em seguida se certificar de te aniquilar por completo, fazendo-te cativo ou privando-te do imenso fardo de seguir vivendo.
No final de tudo, isso nem é uma denúncia. Resume-se a um simples exemplo de quem são e como agem os policiais brasileiros. Os nossos "heróis" tupiniquins.
E para não dizer que a vida não imita a arte, irei encerrar este desabafo citando parte da letra de uma música do Rapa que diz: "era só mais uma dura, resquício de ditadura. Mostrando a mentalidade de quem se sente autoridade nesse tribunal de rua". Qualquer semelhança com a realidade NÃO é mera coincidência.
Servir e proteger...servir a quem? Proteger de quê?



*B I S P O*