"Os 187 que votaram (na ONU, em 26 de outubro) a favor de eliminar o bloqueio a Cuba contra os dois que votaram por mantê-lo e os três que se abstiveram, somam 192. Para 160 deles, não existe tribuna alguma onde possam falar uma palavra sequer sobre o saque imperial a seus recursos e seus problemas econômicas urgentes", afirma Fidel.
O ex-presidente cubano aproveita o artigo para comentar a crise econômica nos Estados Unidos e assinala que, ao contrário de outros momentos de sua história, as medidas adotadas para atenuá-la "não conseguiram retomar o ritmo normal".
No texto, Fidel adverte que, enquanto são realizados os grandes fóruns econômicos como o G20 e a Apec, o Haiti vive uma dramática situação pelo avanço da epidemia de cólera, meses depois do devastador terremoto que causou a morte de 300 mil pessoas.
"Da epidemia de cólera, uma doença que já afetou muitos países da América do Sul durante anos e que pode se estender pelo Caribe e outras partes de nosso hemisfério, não se diz uma palavra", reprova o líder cubano.
Fidel Castro, de 84 anos, comenta assuntos internacionais com frequência em suas "Reflexões", uma série de artigos que começou a escrever após passar a Presidência de Cuba para seu irmão Raúl em 2006, por conta de uma doença grave.
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*B I S P O*
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