Com certeza os leitores deste blog já ouviram falar sobre a COPENHAGEN 2009 (
Site oficial aqui).
Para quem é da minha época, talvez até tenha acompanhado o
ECO - RIO em 1992
, que foi de grande audiência, principalmente graças ao vídeo que circulou por muito tempo, relacionado à "Carta da Terra", que foi um dos documentos oficiais elaborados que frutificaram à partir da conferência.
Bom, a idéia deste post é desmistificar, ou pelo menos trazer um esclarecimento maior quanto ao que pode acontecer após essa conferência, afinal, as decisões que forem tomadas, acarretarão mudanças diversas em nossas vidas
E em nossos "estilos" de vida.
Para exemplificar melhor, até encontrei um infográfico da VEJA, com as principais mudanças que existirão após Copenhagen. (
confira aqui)
Conferência de Copenhague (COP-15) - A 15.ª Conferência das Partes acontece entre os dias 7 e 18 de dezembro de 2009, em Copenhagen, Capital da Dinamarca. O encontro é considerado o mais importante da história recente dos acordos multilaterais ambientais pois tem por objetivo estabelecer o tratado que substituirá o Protocolo de Quioto, vigente de 2008 a 2012.
Uma atmosfera de expectativa envolve a COP-15, não só por sua importância, mas pelo contexto da discussão mundial sobre as mudanças climáticas. Aparecem aí questões como:
- o impasse entre países desenvolvidos e em desenvolvimento para se estabelecer metas de redução de emissões e as bases para um esforço global de mitigação e adaptação;
- os oito anos do governo Bush, que se recusou a participar das discussões e do esforço de combate á mudança do clima;
- a chegada de Barack Obama ao poder nos EUA, prometendo uma nova postura;
- os recentes estudos científicos, muitos deles respaldados pelo IPCC, e econômicos, com destaque para o Relatório Stern (Relatório do economista britânico Nicholas Stern, encomendado pelo governo britânico e lançado em 2006. O levantamento gerou grande impacto mundial ao afirmar que se não forem tomadas medidas para a redução das emissões, a concentração dos gases geradores de efeito estufa na atmosfera poderá atingir o dobro do seu nível pré-industrial já em 2035, sujeitando-nos praticamente a um aumento da temperatura média global de mais de 2ºC. O Relatório Stern apontou também que, em longo prazo, há mais de 50% de possibilidade de que o aumento da temperatura venha a exceder os 5ºC.)
Antes que você acabe de ler esta frase, terão nascido no mundo quarenta bebês, enquanto vinte de nós terão deixado o plano material para prestar contas a Deus. O saldo é a chegada, a cada dez segundos, de vinte novos moradores da Terra, prontos para crescer, estudar, trabalhar, namorar, casar e ter filhos. Há dez anos, em 1999, o planeta estava na confortável situação de receber cada novo morador com comida e água na quantidade necessária para que ele conseguisse atingir seus sublimes objetivos na vida. De lá para cá, começou a se delinear um novo e desafiador cenário para a espécie humana. A demanda por comida e outros bens naturais passou a crescer mais rapidamente do que a oferta, como mostram as curvas desenhadas no globo da página anterior. Elas não foram parar ali por acaso. Aquele globo esverdeado e translúcido é, até agora, a imagem que melhor identifica a COP15, a reunião de representantes de 192 países que tem lugar em Copenhague, na Dinamarca. Esses senhores e seus assessores científicos têm como missão chegar a um acordo mundial para conter o ritmo do aquecimento global. Esse fenômeno é normalmente benéfico, mas saiu de controle, aparentemente como resultado da atividade industrial humana, e agora pode desarranjar o clima da Terra a ponto de ameaçar a sobrevivência de inúmeras espécies e impor um modo de vida mais áspero e severo à própria humanidade.
Outras conferências:
Muita esperança, poucos resultados
Nem sempre as reuniões de líderes mundiais e seus
sábios chegam a resultados positivos e duradouros
Bettmann/Corbis/Latinstock

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Liga das Nações (1919)
O que era: com o fim da I Guerra, 42 países assinaram uma declaração com o objetivo de garantir a paz no mundo. Tentava-se evitar uma nova escalada de desentendimentos como a que levou ao sangrento conflito na Europa. Os países deveriam submeter à arbitragem da Liga qualquer desavença internacional.
Em que resultou: foi um fracasso. A Liga das Nações não se mexeu para tentar evitar os movimentos expansionistas da Itália, do Japão e da Alemanha que tiveram como desfecho a II Guerra. Aperfeiçoado, o modelo da Liga resultou, em 1945, na criação da Organização das Nações Unidas (ONU).
Bettmann/Corbis/Latinstock

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Conferência de Bretton Woods (1944)
O que foi: representantes de 44 governos se reuniram com o objetivo de estabelecer as bases para a reconstrução econômica da Europa devastada pela II Guerra. Adotou-se o câmbio fixo entre o dólar e as demais moedas.
Em que resultou: os acordos costurados em Bretton Woods deram origem à criação do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial, organismos que lançaram as sementes da globalização. Mas as medidas tomadas para estabilizar o câmbio foram abandonadas no início dos anos 70.
Sergio Zalis

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Eco 92 (1992)
O que foi: Representantes de 179 países se reuniram no Rio de Janeiro a fim de estabelecer metas para combater os males causados pelo uso predatório dos recursos naturais.
Em que resultou: O encontro produziu um documento aplaudido por todos, mas que, na prática, ficou restrito ao terreno das boas intenções. O crescimento da economia global, desde então, foi proporcional à degradação causada ao ambiente.
Detalhando,
ECO-92, Rio-92, Cúpula ou
Cimeira da Terra são nomes pelos quais é mais conhecida a
Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD), realizada entre
3 e
14 de junho de
1992 no
Rio de Janeiro. O seu objetivo principal era buscar meios de conciliar o
desenvolvimento sócio-econômico com a conservação e proteção dos
ecossistemas da
Terra.
A Conferência do Rio consagrou o conceito de
desenvolvimento sustentável e contribuiu para a mais ampla conscientização de que os danos ao meio ambiente eram majoritariamente de responsabilidade dos
países desenvolvidos. Reconheceu-se, ao mesmo tempo, a necessidade de os
países em desenvolvimento receberem apoio financeiro e tecnológico para avançarem na direção do desenvolvimento sustentável. Naquele momento, a posição dos países em desenvolvimento tornou-se mais bem estruturada e o ambiente político internacional favoreceu a aceitação pelos países desenvolvidos de princípios como o das responsabilidades comuns, mas diferenciadas. A mudança de percepção com relação à complexidade do tema deu-se de forma muito clara nas negociações diplomáticas, apesar de seu impacto ter sido menor do ponto de vista da opinião pública.
Fica aqui o vídeo, de uma garota de 13 anos que calou o mundo por cinco minutos na ECO 92.
http://www.youtube.com/watch?v=1qwRFpKpjhw&feature=related
E a pergunta é: 'A Copenhagen será mais um amontoado de informações com as tags #meioambiente, #2009 e #mudançasclimáticas, ou realmente veremos alguma diferença dentro de alguns anos?'
Fontes (Vale acompanhar):
http://pt.wikipedia.org/wiki/ECO-92
http://veja.abril.com.br/161209/fome-ar-agua-comida-p-132.shtml
http://www.portalodm.com.br/conferencia-de-copenhagen-cop-15--e--24.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Relat%C3%B3rio_Stern
http://www.mudancasclimaticas.andi.org.br/cop15/blogs/andi
Essa postagem foi adaptada por Malvyna (Malvynausius Horrypilus), e espero ter esclarecido um pouco sobre a idéia da COP15. Em breve falamos mais sobre Mudanças climáticas, devido a minhas tendências meteorológicas.
Leia também:
Habitos e Habitat (Blog da Gabbi Veigas - do Teatro Mágico)
Carbono Brasil
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